• Edição 169
  • 30 de abril de 2009

Cidade Universitária

Adaptação do hospital universitário é apresentada

Sidney Coutinho

O Atelier Universitário da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UFRJ apresentou, na manhã de sexta-feira (24/4), a proposta de adaptação da estrutura do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) após a conclusão das obras previstas para a ala sul, ociosa desde a criação do hospital em 1978, e que apresenta diversos problemas estruturais. Representantes do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro conheceram o projeto que prevê melhorias no acesso ao HUCFF e permitirá a reconfiguração interna do hospital.

Patrícia Lassance, professora que representou o Atelier Universitário, informou que a adaptação da ala sul prevê a construção de uma torre de circulação vertical, com elevadores e escadarias, que facilitará o ingresso nos ambulatórios do hospital, principalmente por quem chega pela Linha Vermelha.  A entrada principal do HUCFF será voltada para o sul, onde existirá um corredor de ligação entre a avenida Brigadeiro Trompowsky até o Centro de Ciências da Saúde (CCS).

De acordo com o estudo desenvolvido pelos estudantes do Atelier Universitário, sob orientação de professores da UFRJ, a previsão é de que no corredor também seja erguido um prédio com três pavimentos, destinados a abrigar salas ambulatoriais, setores de espera e áreas próprias para circulação de profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes.

Para Alexandre Cardoso, diretor do HUCFF, a reengenharia dos espaços permitirá que os primeiros andares do hospital sejam destinados a unidades de Terapia Intensiva, ficando mais próximas dos setores que auxiliam no diagnóstico dos pacientes, tais como o Centro de Imagens e a Radioterapia, localizados no subsolo do prédio. Cardoso ressaltou também que os sistemas de vigilância e controle de acesso também vão melhorar após a adaptação.

De acordo Carlos Levi, pró-reitor de Planejamento da UFRJ (PR-3), ainda está indefinido como será o primeiro passo do processo de adaptação da ala sul, se por meio de métodos tradicionais ou de técnicas com uso de explosivos. “A ideia de trazer órgãos técnicos ligados à engenharia na cidade permite compartilhar com as entidades as dificuldades enfrentadas pela UFRJ para solucionar o problema da ala sul e obter o aval da sociedade na tomada de decisões”, afirmou o pró-reitor.

Francisco Costa Reis, presidente da Comissão que prevê a realização das obras no HUCFF, realizou uma palestra para justificar a decisão de acabar com a estrutura da ala sul. Segundo ele, além de demandar recursos vultosos, ninguém assegura mais do que cinco anos para a vida útil das instalações após a realização de obras de recuperação da estrutura do prédio.

Diversas ponderações ao projeto foram feitas pelo chefe da Divisão de Estruturas do Clube de Engenharia, Mauro Schulz. No entanto, após ouvir as justificativas para a realização das obras, ele assegurou empenho na defesa da necessidade do projeto de adaptação do HUCFF na entidade.