• Edição 175
  • 10 de junho de 2009

Saúde em Foco

Pesquisas apontam games como causa de insônia e obesidade de adolescentes



Tecnologia em excesso afeta qualidade de sono dos jovens dos EUA. TV, computador e videogames são considerados 'vilões' por pesquisadores.

Do G1, no Rio


Muitas horas gastas com tecnologia e o uso excessivo de jogos eletrônicos são as possíveis causas do aumento da obesidade e de distúrbios do sono entre os adolescentes norte-americanos, indicaram duas pesquisas divulgadas essa semana, nos Estados Unidos, de acordo com o o site "EurekAlert".

Nesta terça-feira (9), pesquisadores da Universidade do Arizona apresentaram um trabalho no qual afirmam que o aumento dos problemas enfrentados na hora de dormir por muitos jovens está relacionado a muitas horas passadas diante de uma tela ou monitor, incluindo aí o uso de TV, computador e videogames.

Além disso, esse maior tempo gasto com aparelhos eletrônicos também está associado a um aumento no consumo de cafeína, o que também contribui para os sintomas de distúrbios do sono.

O estudo analisou dados de 320 adolescentes, com média de idade de 13,3 anos, sendo que 51,8% dos participantes eram do sexo masculino, 65% brancos e 35% de origem hispânica.

"A combinação de sono inadequado com o aumento do tempo gasto com aparelhos eletrônicos e cafeína pode ter implicações negativas para a saúde, o bem-estar psicossocial e o desempenho acadêmico do adolescente", considerou a pesquisa.Um outro estudo, divulgado nesta segunda-feira (8) por pesquisadores da Universidade de Arkansas, mostra que jogadores de computador ou console que passam mais de sete horas por semana se divertindo com games dormem menos e apresentam mais períodos de sonolência do que jogadores casuais ou quem não joga.

Jogadores que relataram que os games interferiam na sua qualidade de sono dormiam menos de 1,6 hora do que os outros jogadores, enquanto aqueles que afirmaram ser viciados em games dormiram uma hora a menos em dias de semana, se comprados aos demais grupos analisados.

O estudo analisou dados de 137 estudantes universitários, com idade média de 22 anos, sendo a maioria da amostra formada por mulheres (86%). Classificados como jogadores casuais ou exagerados (aqueles que gastam mais de sete horas por semana usando a internet e jogos no computador), 12,6% deles identificaram-se como viciados em games, enquanto 10,81% relataram que os games interferiam em seu sono.

Na conclusão da pesquisa, os autores recomendam que os problemas descobertos no estudo devem contribuir para que os jovens jogadores sejam alvo de uma campanha para promover a melhora do sono.

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