• Edição 183
  • 06 de agosto de 2009

Argumento

Grupos geradores de eletricidade: solução para os laboratórios



Cília Monteiro

É grande a expectativa para que até o fim do ano seja aprovada a licitação que vai possibilitar o pleno funcionamento do sistema de geradores instalados no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ desde 2006, quando os apagões de energia assombravam o Estado do Rio de Janeiro e colocavam em risco o andamento de pesquisas. A modernização de um dos geradores e a revisão dos quadros gerais de distribuição são as últimas etapas do processo.

"Infelizmente, no CCS e em toda a universidade, são frequentes as faltas de luz. Isso se deve a problemas eventuais com a Light (empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Rio de Janeiro) ou, muitas vezes, a problemas estruturais internos, decorrentes de uma rede elétrica carregada", relata Débora Foguel, diretora do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ e chefe do Laboratório de Agregação de Proteínas Amiloidoses.

Segundo Débora, a falta de energia prejudica fortemente as atividades de pesquisa do CCS em diversos aspectos: "Primeiramente, porque grande parte dos insumos utilizados fica nas geladeiras, ou congelados em freezers. Se aquecidos, podem estragar, degradar ou perder a atividade. Isso acontece no caso de uma enzima, por exemplo. Ainda temos animais no biotério, que são mantidos em temperatura controlada e necessitam de exaustão constante. Tudo isso é dependente de energia elétrica", constata.

A pesquisadora também ressaltou que existem laboratórios com equipamentos extremamente caros, como os de ressonância magnética nuclear. "Quando falta luz e estes aparelhos estão em operação, correm o risco de serem danificados ou, na melhor das hipóteses, experimentos caros e longos são perdidos pela interrupção do processo de aquisição dos dados. Para evitar todos esses prejuízos e danos, são necessários os geradores", aponta Débora Foguel.

Atualmente, o CCS possui sete subestações para distribuir a energia fornecida pelos três grupos geradores quando há falta de luz. Os grupos se interligam de forma a atender todo o prédio: para cada área preestabelecida, que compreende um conjunto de blocos, há um gerador. Esse sistema de emergência encontra-se em processo de finalização para que entre em pleno funcionamento, restando licitar a modernização do gerador preexistente (localizado na subestação dos blocos D e H) e a revisão dos quadros gerais de distribuição. A licitação já é garantida pelo pró-reitor de Patrimônio e Finanças, professor Carlos Antônio Levi.