• Edição 201
  • 10 de dezembro de 2009

Teses

Dois novos estudos do Instituto de Biofísica

Cília Monteiro

Dois estudos do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ serão apresentados em dezembro, na sala G1-022 do Centro de Ciências da Saúde (CCS), na Cidade Universitária. A doutoranda Mônica Mühlbauer defende sua dissertação “Efeitos do tratamento com ácido retinoico sobre a função tireoidea de ratos” no dia 15 de dezembro, às 10h. Dois dias depois, Marcus Vinícius de Paula Pereira Júnior defende a dissertação “Análise molecular de lesões causadas no DNA pela fotoquimioterapia PUVA (psoralenos + ultravioleta A)”.

Embora o ácido retinoico seja utilizado em tratamentos dermatológicos e oncológicos, pouco se sabe a respeito de sua ação sobre a tireoide normal. “Assim, visamos determinar os efeitos dos isômeros do ácido retinoico sobre a função tireoidea normal de ratos. Ele parece ter ação direta sobre essa função, de maneira dose–tempo–isômero dependente, uma vez que os níveis séricos de TSH (hormônio estimulante da tireoide) permaneceram inalterados”, conclui a doutoranda.

Análise de lesões no DNA

No dia 17 de dezembro, o mestrando do IBCCF Marcus Vinícius de Paula Pereira Júnior defende a dissertação “Análise molecular de lesões causadas no DNA pela fotoquimioterapia PUVA (psoralenos + ultravioleta A)”, a partir das 10h.

A fotoquimioterapia PUVA é utilizada no tratamento de diferentes desordens dermatológicas, como psoríase e vitiligo, e em outras patologias mais graves. O objetivo do trabalho, orientado pelos professores Álvaro Leitão e Cláudia Lage, foi estudar os efeitos da terapia PUVA na formação de lesões em DNA, a partir de ensaios que correlacionem a eficiência dos mecanismos de reparo na remoção dos adutos PUVA.

Após realização dos experimentos, os resultados levantam a questão do potencial genotóxico do tratamento PUVA. “Os adutos formados, não sendo corretamente processados pelas células, se acumulam no DNA, com efeitos que podem levar à mutagenicidade e à geração de células neoplásicas. Desta forma, busca-se a utilização de psoralenos (compostos) que provoquem menos lesões e que sejam eficientes no controle das doenças de pele”, conclui Marcus Vinícius.