• Edição 206
  • 25 de fevereiro de 2010

Teses

Estudo conclui que medula óssea responde à lesão no fígado



Porém, células medulares não regeneram o órgão

Thiago Etchatz

Bruno Diaz Paredes, aluno do Programa de Pós-graduação em Fisiologia do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ, defende a tese de doutorado “Contribuição das células da medula óssea na lesão apática aguda”. A apresentação do trabalho ocorre na sexta-feira, 26 de fevereiro, às 9h na sala G1-022, localizada no bloco G, 1º andar, do Centro de Ciências da Saúde, na Cidade Universitária.

O objetivo do estudo foi analisar o papel das células derivadas da medula óssea diante da lesão hepática, tema controverso para os pesquisadores da área. Sob orientação dos professores do IBCCF Regina Goldenbenrg e Antônio Carlos Carvalaho, o doutorando buscou elucidar a participação dessas células na lesão hepática aguda.

Para tal, avaliou camundongos C57Bl/6 fêmeas que receberam irradiação corporal total que causou a ablação da medula óssea. Para reconstituir a medula dos animais irradiados, eles receberam células da fração mononuclear da medula óssea de camundongos transgênicos machos. Foram coletadas amostras de fígado, sangue e medula óssea para análise por citometria de fluxo ao final dos 30 dias de intoxicação.

A pesquisa concluiu que a medula óssea responde à lesão hepática aguda, aumentando células inflamatórias na circulação e no parênquima hepático devido ao estímulo para resposta inflamatória. Não há, entretanto, contribuição das células de medula óssea nem para a regeneração do órgão, nem para fibrogênese, visto que as células estraladas ativadas não são provenientes da medula óssea.