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Edição 047
03 de agosto de 2006

Notícias da Semana

Reitor dá voto de confiança ao HESFA

Geralda Alves

Entra na reta final os debates sobre o Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Institucional (PDI). Esse mês o reitor Aloysio Teixeira e sua equipe cumprem a maratona de apresentar a proposta em cerca de 30 unidades da UFRJ, realizando de duas a três reuniões por dia. Seu objetivo é dá partida a uma discussão organizada por todo o corpo social para adequá-las ao novo documento a ser entregue ao MEC entre setembro e outubro. “Ate o final de agosto concluiremos essas discussões. Minha missão é ouvir opinião e intregrá-las ao projeto”, afirma o reitor que esteve nessa quarta-feira (2/9) no Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA).

Aloysio fez um relato sobre o PDI contando desde a fundação da Universidade, em 1920, até os dias de hoje, a seguir ouviu da professora Carla Luzia França Araújo, diretora em exercício do HESFA, que a unidade só foi citada no documento apenas em duas ocasiões: “quando se fala dos prédios tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultura e quando se trata das ações para resolver problemas pendentes relacionados a áreas ou imóveis da UFRJ. Estamos entre a vila residencial e o Canal do Fundão”, contesta a professora.

O reitor justificou dizendo que o documento foi escrito em 2003 e que na ocasião “pensava mesmo em acabar com o HESFA porque não via nele uma unidade acadêmica. Agora houve uma mudança e a discussão hoje é diferente. Na ocasião em que escrevemos o PDI o HESFA era um prédio”.

Segundo Carla Luzia esse episódio foi bom pelo fato de que as pessoas sentiram-se ameaçadas acordarem para o fato de que era preciso fazer alguma coisa “senão a gente dança”.  Nesse sentido o HESFA reuniu sua equipe durante os três últimos meses do ano passado para discutir propostas para o PDI. Dessas reuniões, três por semana, surgir um documento preliminar apresentado ao reitor por acasião de sua visita a unidade e será também apresentada aos funcionários do hospital para tirar um documento final. “Tentamos colocar o que nós sentimos e vimos quando tomamos conhecimento do PDI. Antes de tudo precisamos saber se a universidade quer o HESFA para que o HESFA queira a universidade”, declarou Carla.

Após apresentação das propostas do elaboradas pelo corpo social do HESFA, o professor Carlos Antônio Levi da Conceição, pró-reitorde Planejamento e Desenvolvimento,falou que deve ser repensada a idéia de se formular um  projeto de recuperação e uso do prédio, pelos próximos cinco anos, de forma mais consciente. “como estamos num momento de reflexão é inevitável que se tenha que incorpar esse uso, mas acho que isso é uma coisa que se tenha que pensar de forma mais profunda”.  

O professor Aloysio sugeriu que se discutisse uma política para os hospitais universitários já que o PDI não tratou desse assunto. “A política para os hospitais é diferente da política das unidades, ensino e extensão”, concluiu o reitor.

Proposta do HESFA

Compreendendo a necessidade de acompanhar e contribuir para o desenvolvimento de ações que fortaleçam a UFRJ, como uma das principais universidades brasileiras, o Plano de Desenvolvimento Institucional do HESFA foi construído com base nos valores que norteiam a administração acadêmica.

A participação na construção deste plano se deu de forma coletiva e democrática, através da discussão das atividades implantadas e o potencial de ampliação de cada Unidade. A socialização deste produto com as demais Unidades permitiu a interface das ações e possíveis interseções. Neste processo de construção, foi fundamental uma análise do presente, proporcionando uma avaliação da real missão do HESFA, frente à UFRJ e ao SUS. Olhar e planejar o futuro requer ousadia, imaginação, criatividade e acima de tudo determinação.

Temos a certeza que este plano ainda não está pronto, entretanto, ele marca uma etapa importante, para o HESFA e seu Corpo Social, de pensar e acreditar que o futuro é possível.

Objetivos:

  1.  Como integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) tem por principal objetivo prestar serviços de forma equânime e gratuita.
  2.  Proporcionar cuidado humanizado e inclusivo a clientes e familiares, no contexto da Atenção Básica e Cuidado Continuado;
  3.  Oferecer modelo de assistência para a formação de profissionais de saúde, para o saber cuidar com competência, generosidade e solidariedade na dor de viver, na dor de sofrer e na dor de morrer.

Princípios:

  1.  Compromisso com a formação de profissionais de saúde responsáveis pela assistência prestada a clientela sob seu cuidado, livres de qualquer forma de discriminação de classe social, raça ou gênero.
  2. Assistência à clientela garantindo a equidade e universalidade no atendimento;
  3. Atenção integral, considerando a complexidade do individuo frente às questões que envolvem os aspectos sociais, biológico e psicológico (integralidade da assistência);
  4. Compromisso com a Interdisciplinaridade das ações;
  5. Garantia da Qualidade na assistência prestada;
  6. Gestão centrada na demanda dos clientes;
  7. Valorização dos princípios éticos que regem a administração pública.

Visão de futuro:

  1.  Constituir-se em referência em cuidado continuado em saúde, desenvolvendo tecnologia de alta eficácia e eficiência;
  2. Constituir-se em referência na Atenção Básica;
  3. Tornar-se referência para a formação de profissionais de saúde na área de Atenção Básica e Cuidados continuados;
  4. Estabelecer-se como uma das portas de entrada para o Sistema de hospitais da UFRJ;
  5. Certificar-se junto ao MS e MEC como Hospital de Ensino;
  6. Constituir-se em referência em pesquisa na área de Atenção Básica e Cuidado Continuado;
  7. Manter-se como unidade de saúde que coexiste em prédio tombado pelo IPHAN.

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