• Edição 164
  • 19 de março de 2009

Argumento

Assistência Nutricional dá apoio a gestantes de risco

Igor Costa

A necessidade de boa alimentação durante a gravidez é um fato conhecido por todos. Em gestações de risco, alimentação balanceada se faz ainda mais necessária. Elisa Maria de Aquino Lacerda, professora de Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC/UFRJ), desenvolve, desde 1995, um projeto de Assistência Nutricional a Gestantes e Crianças no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ), que visa dar a gestantes de risco o apoio nutricional do qual elas necessitam.

— Eu fui nutricionista do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ) até 1995 e depois passei a ser professora do Instituto de Nutrição. A partir deste momento, eu não quis me desvincular do hospital — explica Elisa Maria. Durante nove anos o projeto atendeu crianças e gestantes, porém nos últimos cinco o atendimento foi focado em grávidas com algum tipo de risco à gravidez.

O projeto também conta com a participação de alunos do curso de nutrição da UFRJ. Segundo a professora Elisa Maria, os alunos de nutrição têm um estágio obrigatório que é cumprido em vários ambulatórios da Maternidade-Escola e do IPPMG, entre eles o do projeto. “É bom para os alunos, porque é mais um local de estágio”, conclui Elisa.

A assistência nutricional funciona dentro do ambulatório do IPPMG, e recebe pacientes encaminhados pelo programa de obstetrícia do ambulatório materno-infantil do IPPMG. “Lá existem critérios de encaminhamento das gestantes e eu entro como uma das funcionárias do hospital, como uma nutricionista atenderia”, explica a professora.

O perfil de pacientes atendidos pelo projeto é caracterizado por gestantes de alto risco, como grávidas com HIV positivo e adolescentes. Segundo a professora, após o parto, as crianças também passam a ser acompanhadas no setor de pediatria do hospital, mas não há nenhum acompanhamento posterior para a mãe. “Eu não tenho ainda como captar essas mulheres, porque eu já tenho a agenda bastante tomada pelas gestantes”, justifica a professora.

O atendimento do projeto é feito às segundas e sextas pela manhã, no ambulatório do IPPMG, na Cidade Universitária.