• Edição 176
  • 18 de junho de 2009

Notícias da Semana

Melhorias da qualidade do ensino de Medicina em discussão


Marcio Castilho

Representantes das escolas de Medicina de todo o país se reuniram na tarde de quinta-feira, dia 18, no Auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, para discutir o funcionamento do Fórum de Diretores e Coordenadores das Faculdades de Medicina. O grupo, criado oficialmente em setembro do ano passado durante congresso da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), tem o objetivo de atuar como instância política contribuindo na formulação de políticas públicas em prol da melhoria da qualidade do ensino de Medicina. O encontro termina no dia 19 com a definição dos temas prioritários para elaboração das ações e construção de uma agenda para futuras discussões.

A abertura do evento teve a presença de Sylvia Vargas, vice-reitora da UFRJ, José Luiz de Sá Cavalcanti, diretor do Instituto de Neurologia, Antônio Ledo, diretor da Faculdade de Medicina (FM/UFRJ), e Mourad Belaciano, presidente da Abem. Na primeira parte da reunião, diretores e coordenadores buscaram discutir o conceito, os objetivos e os aspectos operacionais do Fórum.

Durante sua apresentação, Antônio Ledo explicou a importância de a entidade se constituir num espaço de caráter permanente para reflexão de temas de interesse das escolas médicas. Apesar de a discussão estar num estágio inicial, alguns consensos podem ser destacados, segundo o diretor da FM/UFRJ. “Os participantes entendem que o Fórum é um ente político, que poderá agir a partir dos temas que vamos priorizar. Faremos pelo menos duas reuniões presenciais por ano. Uma rede virtual também será criada com o apoio da Abem para que o Fórum possa existir independentemente das reuniões presenciais. Isso abre uma possibilidade imensa de intercâmbio, de troca de experiências e de discussões nessa rede virtual”, afirmou Ledo.

Avaliação

Outro tema discutido é o estabelecimento de diretrizes para a avaliação dos estudantes de Medicina. Segundo Mourad Belaciano, a cultura da avaliação nas faculdades ainda é precária. “Temos que aprofundar a discussão sobre os modelos de avaliação, incorporá-los como parte inerente do processo educacional. Há novas metodologias de avaliação, que precisam andar juntas com as metodologias de ensino a aprendizagem”, defendeu.

O presidente da Abem também criticou a proposta de nacionalização de um exame, em tramitação no Congresso Nacional, como pré-requisito para ingresso dos graduados na prática médica, como já ocorre em São Paulo. “É preciso ter algum tipo de avaliação, mas não esse modelo. Achamos que ela tem que ocorrer durante a formação, avaliando também a escola e não apenas penalizando o aluno a posteriori”, afirmou. Belaciano.

Durante o debate no Instituto de Neurologia, diretores e coordenadores citaram a falta de infra-estrutura das faculdades de Medicina, maior incentivo ao corpo docente e ampliação do quadro de técnicos-administrativos como temas prioritários do Fórum. Outro aspecto levantado foi a adequação dos cursos às diretrizes curriculares do Ministério da Educação (MEC).




Avaliação nutricional: por um bandejão ainda melhor

Cília Monteiro

Os usuários do Restaurante Universitário Edson Luiz da UFRJ, popularmente conhecido como “bandejão”, receberam atenção especial na última terça (16/6). No horário de almoço, uma equipe do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) realizou avaliação nutricional nos frequentadores do restaurante, no intuito de obter dados para orientar ações de promoção à saúde.

— Isso vai nos ajudar na melhoria do cardápio e a direcionar melhor as porções, pois vamos conhecer as necessidades energéticas do público do restaurante — aponta a professora Luciléia Granhen Tavares Colares. A avaliação também foi útil para que cada indivíduo pudesse ter noção se suas medidas indicam risco de doenças. Quando necessário, a equipe sugeriu a procura de um nutricionista para tratamento individual. Trabalho não faltou ao grupo: no total, foram 61 avaliados.

Métodos utilizados

O procedimento consistiu inicialmente em medida de altura, peso e composição corporal. Em seguida, a pessoa se colocava atrás de um biombo, onde era tirada a circunferência da cintura. Por fim, bastava responder a um questionário de frequência alimentar. “O questionário avalia a frequência de determinados grupos de alimentos, para verificarmos um padrão alimentar do indivíduo”, explica Júlia Elba, doutoranda do INJC.

— As respostas que teremos sobre os hábitos alimentares vão nortear também a atividade de educação nutricional. Pretendemos divulgar os dados desse estudo no próximo Congresso de Extensão da UFRJ — conclui Luciléia Colares. Para quem não pôde comparecer a essa avaliação, e demais interessados, haverá outra oportunidade no dia 23 de junho, das 12h às 16h30, no Restaurante Universitário Edson Luiz.