• Edição 187
  • 03 de setembro de 2009

Argumento

Biblioteca do Centro de Ciências da Saúde completamente renovada



Cília Monteiro


Após 30 anos de espera, a Biblioteca Central do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ finalmente foi contemplada com uma reforma completa. “Trata-se de uma biblioteca da área de saúde na maior universidade pública federal do país; portanto, o fluxo de usuários é elevado. Precisamos ter condições para atender a essa grande demanda, sem perder a qualidade. Nesse sentido, as mudanças de infraestrutura pelas quais a Biblioteca Central vem passando são fundamentais”, declara Marco Tullio Juric, bibliotecário-chefe da Biblioteca Central do CCS.

A reforma iniciou-se em outubro de 2008. Numerosas obras e alterações foram e estão sendo feitas: trocaram-se o forro e a rede elétrica, que estavam em situação extremamente precária. Os balcões e escaninhos estão sendo restaurados e os banheiros, reformados. A biblioteca ainda ganhará bebedouro e diversos acessórios para modernizá-la.

Mudanças

O forro antigo era composto por um material de metal chamado luxalon, que estava enferrujado, e manta de lã de vidro, que não se usa mais atualmente. O novo forro é constituído por placas à base de PVC e por uma manta antitérmica, que diminui a temperatura no ambiente. A troca proporcionou um acabamento superior.

As luminárias são todas novas e estão dentro dos padrões atuais da universidade: com reator eletrônico e lâmpada fluorescente de 32 watts. A biblioteca ainda ficou mais espaçosa devido à demolição de colunas que abrigavam a rede de ar-condicionado central, que foi desativada, ficando os aparelhos split responsáveis pela refrigeração. O espaço estava fechado para usuários desde março e foi reaberto com a volta às aulas do segundo semestre de 2009. A pintura será feita nas férias de final de ano.

Restauração do setor de obras raras

A Biblioteca Central do CCS tem o segundo mais importante setor de obras raras da UFRJ, ficando atrás apenas do Museu Nacional. O acervo conta com livros da antiga biblioteca da Faculdade de Medicina, do século XIX, e possui obras produzidas desde o século XVI.

Um processo de organização do acervo histórico e recuperação de obras raras será realizado. Pretende-se reproduzi-las digitalmente e torná-las disponíveis através do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI).

Novos equipamentos

Marco Tullio Juric informou que uma lista de aquisições viabilizadas pelo SiBI, coordenado por Paula Mello, chegará para equipar a Biblioteca Central. Entre os novos aparelhos constam 15 totens (terminais para consulta da Base Minerva), três impressoras (duas para o balcão de empréstimos), um scanner de uso administrativo e um leitor de código de barras para aplicação no sistema de circulação de livros.

Ainda estão previstos vinte purificadores e cinco desumidificadores de ar, além de cerca de vinte microcomputadores. A lista também contempla um DVD player, uma TV LCD e um projetor multimídia, os três para uso administrativo. “Além disso, estão sendo adquiridos, com auxílio e apoio do SiBI, vinte guarda-volumes para usuários e 160 estantes para substituição das atuais”, completa Marco Tullio.

Com apoio da Decania do CCS, seguem mais aquisições: um contador de fluxo de usuários, um novo balcão de recepção, uma sala/balcão de circulação de livros e vinte "pentes" de memória RAM 512MB, para upgrade dos microcomputadores da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Demanda necessária

“O ar-condicionado central da biblioteca já não funcionava há muitos anos. A lã de vidro que fazia o isolamento térmico estava deteriorada e o ambiente ficava muito quente. E a instalação elétrica encontrava-se muito prejudicada. Ainda havia infiltrações, causadas pela água que passava através de rachaduras no telhado. O laminado do forro ficou enferrujado por conta disso e seus pedaços estavam caindo. Por sorte não tivemos acidentes”, relata Marco Tullio.

Segundo ele, com a reforma o ambiente está mais agradável, principalmente pela temperatura amena proporcionada pela troca do forro. “Com a nova instalação elétrica, temos mais tomadas no salão de leitura, onde os usuários têm necessidade de usar notebooks. Há também a proposta de instalação de uma rede de internet sem fio (Wi-Fi) na biblioteca. Estamos aproveitando também para reestruturar e organizar o acervo”, aponta o bibliotecário-chefe.

De acordo com ele, a equipe de funcionários da biblioteca tem participado ativamente do processo de modificações. “Isso revela o espírito de equipe e entendimento do compromisso e da função de um servidor público. Estamos ansiosos por ver o produto final dessa transformação”, declara.

Marco Tullio espera que os usuários reconheçam o esforço feito pela Decania do CCS, pelo SiBI e pela equipe da Biblioteca Central. “Acreditamos que as mudanças vão trazer os usuários à biblioteca, especialmente aqueles que não se aproximavam devido à situação precária. Pensamos sempre em medidas para cativar o público”, conclui.