• Edição 222
  • 1º de julho de 2010

Teses

Pesquisador avalia injeção de células da medula óssea para o tratamento de cardiopatias isquêmicas

Thiago Etchatz

Bruno Leonardo Barranco Esporcatte, aluno do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas e Fisiologia do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ, defende a tese de doutorado “Células mesenquimais de medula óssea e o remodelamento cardíaco após lesão isquêmica em camundongos”. A defesa acontece nesta terça-feira, 6 de julho, às 9h, na sala G1-022 do bloco G, no 1º andar do Centro de Ciências da Saúde, na Cidade Universitária.

De acordo com o doutorando, as cardiopatias de origem isquêmica estão entre as principais causas de mortalidade no mundo. E uma grande parcela dos pacientes que sofre um evento isquêmico evolui para estágios avançados de insuficiência cardíaca com indicação de transplante do coração. Como opção a esse tratamento, uma das alternativas promissoras é a terapia celular.

O estudo, sob orientação dos professores do IBCCF Antônio Carlos de Carvalho e Regina Goldenberg, teve por objetivo avaliar o potencial terapêutico da injeção de células mesenquimais de medula óssea (MSC) por via intramiocárdica e intravenosa. Para tanto, camundongos C57BL/6, de ambos os sexos e com oito a dez semanas de vida, foram submetidos à lesão miocárdica isquêmica e estratificados através de parâmetros eletro e ecocardiográficos.  

Confirmada a disfunção miocárdica, receberam células mesenquimais derivadas de camundongos que expressam uma proteína verde (GFP - green fluorescent protein) em todas as células. O doutorando concluiu que a terapia com células mesenquimais interrompeu o processo de remodelamento cardíaco, quando administrada por via intramiocárdica e através da injeção intravenosa seriada.