• Edição 246
  • 06 de janeiro de 2011

Saúde em Foco

Vacina contra hepatite B chega a jovens de 24 anos

A Secretaria Estadual de Saúde amplia a partir de 2011 a vacinação contra a hepatite B. A imunização, que era feita somente em pessoas de 19 anos, agora atenderá jovens de até 24. Cerca de 5,4 milhões de pessoas devem ser vacinadas em todo o Estado. Na região, a expectativa é de que em torno de 350 mil pacientes sejam imunizados. Nos dois primeiros meses do ano, a secretaria fará uma ‘força-tarefa para concentrar os atendimentos. "Como a vacina é para jovens, faremos o mutirão na época das férias para que a maioria consiga se imunizar", explica a diretora de Imunização da Pasta, Helena Sato.

Para se vacinar, basta ir a um posto de Saúde e levar carteira de vacinação. A ampliação da faixa etária segue orientação do Ministério da Saúde. "O foco da vacinação é nos jovens, pois é quando as pessoas, geralmente, iniciam a vida sexual", explica Helena. Para quem já passou dos 24 anos, a vacina será aplicada nos grupos de risco, como profissionais da Saúde e pessoas com problemas de imunidade. Para que a imunização seja feita de forma correta, deve-se tomar três doses da vacina. A segunda deve ser aplicada depois de um mês da primeira e a terceira, após seis meses. Helena diz que quem comprovar que já recebeu parte da vacina não precisa tomar novamente a mesma dose. "Se a pessoa já tomou a primeira, pode começar agora a partir da segunda." DOENÇA SILENCIOSA - Segundo Helena Sato, o principal problema é a ocultação dos sintomas, o que atrasa o diagnóstico e o início do tratamento. "Muita gente diz que não teve hepatite. É impossível ter certeza sem um exame específico." O professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Carlos Eduardo Brandão Mello, salienta que menos de 20% dos infectados apresentam sintomas, como icterícia (cor amarelada nos olhos), enjoos e fraqueza.

O especialista revela que, no tipo A, quase 100% dos casos têm cura espontânea (sem necessidade de medicamentos). Na B, o índice cai para 90%, enquanto na C a cura espontânea é de 25%. Apesar de a hepatite B ter alto índice de cura, a doença é muito mais fácil de ser contraída. "Ela é 100 vezes mais contagiosa que o vírus HIV e dez vezes mais do que o vírus da hepatite C", alerta. Em casos avançados, a hepatite pode se tornar crônica e provocar câncer no fígado e cirrose.

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