• Edição 273
  • 20 de outubro de 2011

Saúde e Prevenção

Vacina contra leishmaniose visceral tem licença definitiva

Geralda Alves

A vacina contra leishmaniose visceral, desenvolvida pela professora Clarisa Palatnik (docente do Instituto de Microbiologia da UFRJ) em parceria com a Pfeizer, recebeu a licença definitiva pelo Mapa (D.O.U. – Seção I - nº 193, quinta-feira, 6 de outubro de 2011, pág. 30).

Nos primeiros anos, a licença é renovada com relatórios de experimentos que o Ministério da Agricultura solicita. Quando todos os requerimentos são cumpridos, a licença passa a ser definitiva.

Trata-se, assim, da primeira vacina contra a leishmaniose visceral e a primeira vacina contra a leishmaniose visceral canina licenciada definitivamente no mundo.

A vacina foi desenvolvida em 1999 e, na ocasião, a UFRJ assinou um contrato com uma empresa fabricante de vacinas veterinárias para fabricá-la industrialmente. Desde então, a universidade recebe recursos de royalties e do contrato. Sob o nome de Leishmune®, a vacina é comercializada desde 2003.

“Não foi fácil obter essa licença. A vacina tem muito prestigio no exterior e gostaríamos que também tenha esse prestigio no Brasil. A agência de Inovação da UFRJ elogiou muito todo o processo e considera esse caso um dos maiores sucessos da UFRJ”, declara Alexandre Rosado, diretor do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes - IMPPG.

A doença

A leishmaniose é transmitida por insetos que picam cães infectados. A doença afeta, anualmente, 500 mil pessoas - 3 mil delas no Brasil - e é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores endemias do planeta.



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