www.olharvital.ufrj.br
Edição 180
16 de julho de 2009
Em audiência pública que contou com a presença de diversos representantes da comunidade acadêmica do Centro de Ciências da Saúde (CCS) foi apresentada nessa quarta-feira (15/07) uma nova proposta para reestruturação da Ala Sul (“perna seca”) do prédio do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).
Com o objetivo de apresentar o plano e sanar possíveis dúvidas, o professor Pablo Benetti, presidente do Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD), e o engenheiro Costa Santos, que também atua no projeto, expuseram os problemas da estrutura e as soluções encontradas para reestruturá-la.
A ideia é de que haja uma demolição parcial (dos dois últimos andares) para assim aliviar o peso do prédio e tornar a obra economicamente viável. A obra também prevê a substituição da laje e recuperação das laterais e da cobertura; a recuperação de uma área que constitui o setor III do bloco A, localizado entre as alas norte e sul, com um total de 7.800 metros quadrados; e a destinação do subsolo e primeiro pavimento de ambos os blocos para futuro ambulatório (10.374 metros quadrados). O restante será recuperado estruturalmente, seguido da construção de uma cobertura e uma proteção lateral, para evitar a degradação severa e acelerada.
Benetti explica que a solução a que chegaram combina o rigor técnico com a questão dos recursos (diminuindo o custo e valorizando o investimento da construção), e ainda com a demanda do CCS. Segundo ele, a estrutura hoje apresenta sérias patologias, como corrosão acentuada das armaduras e desplacamento do concreto e de vigas. Tais condições, que provocam a perda das funções da cobertura e das fachadas laterais, são fruto da ação das intempéries às quais o prédio ficou exposto ao longo do tempo.
Histórico do prédio
Conforme apresentada na abertura da reunião por Almir Fraga Valladares, decano do CCS, a história do HUCFF teve início na década de 50, na ocasião de transferência da então Universidade do Brasil para a Ilha do Fundão. Interrompido devido a dificuldades, o projeto só foi retomado no final da década de 60 com reinvestimentos na construção do prédio. A previsão inicial de dois mil leitos mostrou-se de dimensão exagerada para a época e não foi atingida. Após discussão ficou decidido que a proposta seria de se alcançar pelo menos metade desse número.
Desde então teve início um debate acerca do futuro da estrutura que não seria utilizada e, a princípio, a demolição foi descartada. “Em vários momentos houve essa discussão e várias propostas surgiram”, lembrou o decano. No entanto, segundo ele, a recuperação era tida como difícil de ser realizada e apresentava prós e contras. O desafio foi retomado recentemente com o Plano Diretor, de reestruturação e expansão da universidade para 2020.
Em 2007 um laudo propunha várias alternativas, incluindo a recuperação estrutural, demolição e reconstrução de estrutura idêntica e a demolição com reconstrução de uma estrutura nova. Recentemente os estudos apontaram que o modelo exposto na reunião representa uma proposta mais atual para o futuro da Ala Sul.
Ao fim da apresentação dos engenheiros, foi aberto espaço para perguntas e esclarecimentos a respeito do projeto, momento em que se pronunciaram diretores de várias unidades.