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Edição 204
28 de janeiro de 2010
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sofreu uma crise de hipertensão no Recife e precisou ser internado, é um dos 17 milhões de brasileiros portadores dessa doença que não tem cura, mas que pode ser controlada.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde de prevalência de pressão alta, ou hipertensão arterial, são de que 35% da população brasileira com mais de 40 anos é portadora da doença. Um outro estudo da Universidade Federal de Minas Gerais diz que 33% dos óbitos com causas identificadas no Brasil são relacionados a problemas cardiovasculares como a hipertensão.
O Ministério da Saúde explica que a hipertensão ocorre "quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, ficando o valor igual ou maior que 140/90 mmHg ou 14 por 9".
Segundo o médico da Presidência, Cleber Ferreira, que acompanha Lula há cinco anos, a pressão arterial do presidente atingiu 18 por 12. Mas, depois de ser medicado, sua pressão voltou ao normal em uma hora.
A hipertensão arterial, quando não controlada, pode acarretar em derrames, doenças do coração - como infarto, insuficiência cardíaca e angina (dor no peito) -, insuficiência renal ou até falência dos rins, e alterações na visão que podem causar cegueira. Por isso é fundamental prevenir e controlar a doença.
Riscos
Existem alguns fatores que aumentam as chances de um indivíduo desenvolver hipertensão. Parte deles pode ser evitada. Uma alimentação não balanceada, especialmente carregada de sal, pode levar ao quadro hipertensivo. O consumo de bebida alcoólica, o sedentarismo e a obesidade também estimulam a doença.
Dados da Organização Mundial da Saúde dão conta de que 13% das mulheres e 9% dos homens brasileiros são obesos. O Ministério da Saúde acrescenta ainda à lista de fatores de risco: diabetes, histórico de hipertensão na família e ser da raça negra.
O órgão avisa que, depois dos 55 anos, 90% dos indivíduos correm o risco de desenvolver hipertensão, mesmo que tenham tido pressão normal até então.
Alguns sintomas que podem ajudar no diagnóstico da doença são dores de cabeça, cansaço, tonturas e sangramentos do nariz. Porém, a única forma segura de identificar a hipertensão é checar regularmente a pressão arterial, pois o mal não apresenta sintomas claros no início. Por isso, muitos portadores de hipertensão nem sabem do risco que correm.
Como controlar a doença
Quem já teve o quadro hipertensivo diagnosticado precisa manter a doença sobre controle. Para essas pessoas, o Ministério da Saúde recomenda um consumo diário máximo de sal de uma colher de chá.
Além disso, é preciso medir a pressão arterial regularmente, reduzir ou abandonar o consumo de bebidas alcoólicas, manter-se no peso adequado (a cintura não deve medir mais de 94 cm para os homens e 80 cm para as mulheres), ter uma alimentação saudável, praticar atividade física ao menos cinco vezes por semana, parar de fumar e controlar o estresse.
O mais importante é nunca interromper o tratamento e tomar as medicações corretamente.
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