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Edição 178
2 de julho de 2009
Luis Fernando Correia - Especial para o G1
Pesquisadores americanos, identificaram um fator genético que poderia explicar porque alguns jovens desenvolvem uma relação com o álcool que facilita a instalação do alcoolismo, diferentemente de outros. Os cientistas encontraram uma variação do gene responsável pelo transporte da serotonina (uma substância neurotransmissora) em adolescentes que, respondendo a uma pesquisa foram identificados como aqueles que bebem mais que os outros e que, quando bebem, o fazem com o intuito de ficar embriagados.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram mais de 200 adolescentes. Além de levantar os hábitos e registrar a frequência de ingestão de álcool pelos estudantes, foi também realizado um estudo genético dos indivíduos. Esse estudo buscava o gene responsável pelo transporte da serotonina.
O gene conhecido como 5-HTT se apresenta sob duas formas, uma "longa" e outra "curta", e está em presente no genoma humano em pares (como todos os genes). Aparentemente, se uma pessoa portar, em seus cromossomos, um par de formas curtas do gene 5-HTT, essa pessoa apresentaria um padrão de comportamento de ingestão de álcool problemático.
Na pesquisa com os estudantes, essa hipótese foi comprovada. Os estudantes que apresentavam um par de genes 5-HTT de formas curtas eram aqueles que mais bebiam, os que se embriagavam frequentemente e de forma proposital.
Esse estudo levanta uma questão importante com relação à prevenção da doença do alcoolismo, assumindo que populações com padrões genéticos associados a estímulos sociais inadequados podem ter mais facilidade de desenvolver problemas na relação com o álcool. Estratégias de prevenção direcionadas à época de iniciação ao hábito de ingerir bebidas alcoólicas podem diminuir o impacto social causado pelo alcoolismo.
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