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Edição 204
28 de janeiro de 2010
O Instituto de Bioquímica da UFRJ continua a todo vapor: além dos laboratórios, que não param de funcionar durante as férias, também foi criado um curso para alunos e professores do Rio de Janeiro com a intenção de aproximar a ciência e as escolas. A iniciativa, que teve início em 1985 com o professor Leopoldo de Méis, tem continuação hoje com Wagner Seixas, professor do Instituto de Bioquímica.
Nesta edição, os dois temas que dividiram os alunos foram “Fermentação: de Pasteur aos dias de hoje” e “Alimento, o combustível do corpo. Por que comer?”. A escolha dos temas se deu por serem assuntos bem próximos do dia a dia dos alunos e professores que ingressam no curso.
Através do uso do Método Científico, os participantes vêm, desde o dia 18, tentando formular respostas para suas próprias questões. Na primeira semana, os professores iniciaram o curso para que pudessem experimentar essa metodologia diferente, em que os monitores não dão as respostas prontas. Na segunda semana, os mesmos professores continuam no curso, mas agora também atuando como monitores e podendo praticar o que aprenderam.
A XVI Escola de Verão em Química Farmacêutica e Medicinal teve início nesta segunda-feira, 25, com a presença de 150 estudantes de dentro e fora da cidade do Rio de Janeiro. A iniciativa, organizada pelo Laboratório de Análise e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio) da UFRJ, chegou à sua décima sexta edição com mais fôlego que nunca.
Nesta terça-feira, nem mesmo a breve queda de luz que atingiu o prédio do Centro de Ciências da Saúde (CCS) desanimou os participantes do evento. O professor Eliezer Barreiro, coordenador do projeto, estava ministrando um dos cursos quando todas as luzes se apagaram e, sem poder usar seus aparelhos, aproveitou para contar piadas aos estudantes. O clima descontraído se manteve após a restauração da energia elétrica, mas tratando de temas sérios, como o potencial brasileiro para fármacos.
“A biodiversidade da flora no Brasil, com seu vasto patrimônio genético, permite muitas possibilidades de novos fármacos, que não são ainda exploradas.” Estimulando os alunos a pensarem por eles mesmos, é desejo do professor Eliezer que esse potencial seja utilizado ao máximo.
Na última sexta-feira, Alexandre Carvalho, médico formado pela Faculdade de Medicina da UFRJ em 2009, e mais 11 voluntários vinculados à ONG Global Voluntários Network embarcaram rumo ao Haiti. O grupo parte para a linha de frente de catástrofe. Em 7 de janeiro, um terremoto, com epicentro a poucos quilômetros da capital Porto Príncipe, atingiu sete pontos na Escala Ricther e matou aproximadamente 150 mil pessoas no país mais pobre das Américas.
O objetivo da expedição é avaliar a situação de saúde populacional e a infraestrutura de apoio necessária para atendimentos não emergenciais, descrever e apontar caminhos para outras equipes de saúde que chegarão ao Haiti. Os relatórios produzidos pela equipe serão utilizados pela Cruz Vermelha Internacional e por outras organizações de modo a orientar o atendimento à população local nos próximos meses.