Luis Fernando Correia - Especial para o G1
Desde o início da pandemia de Influenza que varre o mundo, alguns grupos de pessoas são considerados de maior risco para complicações. São as gestantes, os idosos com mais 65 anos, as crianças menores de 5 anos e os portadores de doenças crônicas. Essa classificação vem da experiência que temos no combate à gripe sazonal, a gripe comum de todos os anos.
Porém, como estamos lidando com um vírus, seu comportamento algumas vezes parece desafiar as recomendações habituais para as viroses respiratórias. O que sabemos com certeza é que a Influenza A H1N1 segue o padrão de comprometimento respiratório típico. Se uma pessoa tem uma doença que de alguma forma torna difícil sua respiração ou o funcionamento do sistema respiratório, quando atingida pela nova gripe seus problemas podem se agravar.
Os asmáticos e os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica podem até mesmo precisar de suporte ventilatório em ambiente de terapia intensiva. Os idosos são um grupo que usualmente sofre com a gripe sazonal, já que a associação entre infecções bacterianas e quadros virais costuma ser comum e potencialmente perigosa para os velhinhos. Nessa pandemia, entretanto, esse grupo etário vem sendo poupado até agora.
Outras doenças que colocam seus portadores em maior risco de complicações são:
- Problemas cardiovasculares, excetuando-se a hipertensão;
- Quadros crônicos de problemas hepáticos e renais;
- Doenças metabólicas, incluindo-se aí o diabetes;
- Pacientes portadores de doenças que afetam a imunidade. Nesse grupo estão os que vivem com Aids e pessoas que precisam tomar medicações para modular a reação imunológica do organismo.
Um aspecto que tem surpreendido os médicos é o numero de obesos que tem apresentado quadros mais graves e complicações com a nova gripe. Esse fato motivou a edição de um alerta e a descrição de diretrizes específicas para esse grupo, pelo Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, do governo americano.
De qualquer forma, o tratamento para as pessoas que evoluem com formas mais agressivas da gripe influenza A H1N1 é o mesmo. O mais importante, como sempre, é a detecção precoce de uma evolução para complicações pulmonares e, em tempo hábil, a utilização dos medicamentos antivirais. Qualquer pessoa que esteja sentindo os sintomas clássicos de uma virose respiratória aguda, como febre alta, tosse, dor de cabeça, e que comece a sentir dificuldades respiratórias, deve procurar atendimento médico imediatamente para que seu quadro possa ser avaliado e medidas tomadas a tempo.
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