Um novo problema chama a atenção de estudantes e funcionários, porque ameaça a segurança na Cidade Universitária. Há pouco mais de um mês não é feita a capina do mato na universidade. Após o fim do contrato com a empresa Rodocon, responsável pela poda dos campos, os usuários ficaram a mercê da burocracia das licitações.
A demora no novo processo de licitação, em andamento, levou à necessidade de realização de um contrato emergencial. A decisão sobre a escolha da nova empresa deve ser tomada nos próximos dias. Dentre as propostas recebidas, a de menor custo para a universidade está em torno de R$ 549 mil por mês.
— Esperamos que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. A partir da assinatura do contrato, a empresa deverá iniciar o corte da grama o mais rápido possível — afirmou Milton Reynaldo Flores de Freitas, superintendente geral de Administração e Finanças (SG6).
A construção do processo da nova licitação foi dividida em duas partes: lixo (inclusive o hospitalar) e capina. A divisão ocorreu devido ao baixo número de empresas capazes de realizar as duas tarefas. “A divisão aumenta o número de empresas e reduz os custos para a UFRJ”, disse Milton Flores.
O contrato emergencial tem duração de até 180 dias, podendo ser prorrogado por mais três meses caso a licitação não saia. Para que seja assinado, é necessário que a empresa esteja em dia com órgãos como a Comlurb e a Feema.
Muitas reclamações têm sido feitas à SG6. “As pessoas estão reclamando com razão. Esta é uma situação de calamidade”, alertou o superintendente. O atual estado do mato na Cidade Universitária pode não só causar proliferação de mosquitos da dengue como servir de esconderijo para assaltantes e sequestradores.
Sequestro-relâmpago assusta frequentadores
Desde janeiro deste ano já foram notificados três sequestros-relâmpago na universidade, um no Centro de Tecnologia (CT) e dois no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Segundo Hélio de Mattos, prefeito da Cidade Universitária, no dia 31 de março uma carta foi enviada ao Secretário de Segurança Pública relatando os fatos e solicitado apoio da Polícia Militar (PMERJ). Desde então, viaturas fazem ronda ostensiva no campus.
Outras medidas foram tomadas pela prefeitura universitária. Os batalhões da PMERJ e das delegacias próximas investigam a quadrilha e as seis viaturas da Divisão de Segurança (DISEG), responsáveis pela ronda ostensiva no campus entre 6h e 23h, estão fazendo um trabalho mais localizado na área do complexo hospitalar.
— É muito importante que as vítimas procurem a Divisão de Segurança da UFRJ e a 37ª DP na Ilha do Governador, fornecendo informações que ajudem a desmontar essas quadrilhas. Todo comunicado que recebemos de algum delito, verificamos imediatamente se há possíveis imagens no sistema de monitoramento por câmeras para enviarmos às autoridades da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro – informou o prefeito.
Aqueles que quiserem denunciar ou fornecer informações que possam ajudar podem ligar para 2598-1900.