Na reunião semanal desta última segunda (18/5), os membros do Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD) conheceram o Parque da Descoberta. Elaborado em 2001 por várias unidades e professores da UFRJ, o projeto planejava a ocupação de uma área de aproximadamente 300 mil metros quadrados na ponta do Catalão. Orçado em US$ 80 milhões de dólares, a iniciativa calcava-se no binômio (ciência e meio ambiente) em espaços interativos sobre as histórias do homem, da energia e da Baía de Guanabara.
“É um trabalho que precisa ser atualizado, até porque os museus e a divulgação científica avançaram após quase uma década”, explicou Isabel Cristina Alencar de Azevedo, vice-diretora da Casa da Ciência da UFRJ. Durante a apresentação, ela lembrou que o Parque da Descoberta não prevê, por exemplo, uma área para exposições temporárias. Isabel ainda frisou que os direitos do projeto pertencem à universidade e que o Comitê poderia convidar a consultoria contratada à época para detalhar o Parque que, inicialmente, esperava receber dois milhões de visitantes por ano.
Os membros do CTPD mostraram uma série de dúvidas quanto ao projeto. Em especial, quanto à viabilidade econômica, aos impactos ambientais e à gestão do Parque. “A manutenção está entre as maiores dificuldades para as iniciativas da universidade. É algo interessante, mas precisaria se criar a Fundação do Parque”, pontuou o prefeito da Cidade Universitária, Hélio Mattos. O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Carlos Levi, destacou que uma das tarefas do Comitê é recuperar estes patrimônios criativos dentro da instituição. “É uma contribuição dentro do espírito de cidade do conhecimento que queremos construir em nosso campus. Talvez, possamos aproveitar parte das idéias do Parque”. Entre as propostas do parque há, por exemplo, a recuperação do hangar, construído em 1920 para abrigar hidroaviões.