Abril é o mês da Páscoa, um período em que as lojas estão repletas de barras e ovos de chocolate dos mais variados tipos. A época marca também o terror dos que seguem dieta ou estão preocupados com a balança. Procurando conservar a mesma silhueta antes e depois do feriado, muitas pessoas optam por chocolates diet ou light na esperança de que engordem menos. Mas será que a medida é eficaz?
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os alimentos diet são assim denominados por terem uma substância subtraída de sua formulação (carboidrato, lipídio ou sódio), podendo ser consumida por diabéticos ou hipertensos. Já aqueles alimentos que levam a denominação light têm apenas uma redução da substância (no mínimo 25% em determinado nutriente em comparação ao alimento convencional). No entanto, para o professor Luiz Eduardo Carvalho, do Laboratório de Saúde e Consumo da Faculdade de Farmácia da UFRJ, todo alimento pode ser considerado diet, se for adequado para algum tipo específico de dieta.
— Feijoada, por exemplo, é diet. Ela é um produto especialmente direcionado para dietas pastosas. Indicada a pessoas com enfermidades que exigem ingestão de alimentos estritamente pastosos. Quando feita sem cloreto de sódio, a feijoada será diet para hipertensos — explica Carvalho.
Segundo ele, até mesmo a refeição não-diet pode ser denominada diet por ser parte de uma “dieta normal”. Nesse contexto, “feijoada light seria apenas um tipo de feijoada diet, indicada para dietas de restrição de ingestão calórica”, diz.
O especialista, porém, acredita que mesmo o chocolate diet não deve ser consumido por quem sofre de diabetes. “Não me parece que chocolate, com ou sem açúcar, seja uma boa prescrição para quem sofre de diabetes. Ainda assim, pela lógica, o produto deveria ter, com destaque, a informação sobre o teor calórico em relação ao chocolate com açúcar”, diz Luiz Eduardo.