Os diferentes efeitos da terapia com células mononucleares provenientes da medula óssea em lesões pulmonares são objetos do estudo de Indianara Maria do Araújo Nascimento. A aluna do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Fisiologia) do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ realizou o trabalho de conclusão de doutorado “Terapia com Células Mononucleares Derivadas da Medula Óssea em Modelos Experimentais de Lesão Pulmonar Aguda de Etiologia Pulmonar e Extrapulmonar”. Na sexta-feira, 29 de janeiro, às 9h, a pesquisadora defenderá a tese na sala G1-022 do bloco G, no 1º andar do Centro de Ciências da Saúde, na Cidade Universitária.
De acordo com Indianara, o estudo dos mecanismos da lesão pulmonar Aguda (LPA) difere de acordo com a causa da lesão. Deste modo, a terapia proposta pode atuar diferentemente no pulmão e outros órgãos em modelos de LPA pulmonar e extrapulmonar, com similar comprometimento do funcionamento do órgão.
Sob orientação dos professores do IBCCF Patrícia Rocco e Marcelo Morales, a pesquisa foi iniciada com a aplicação de testes em dois grupos de camundongos. O primeiro, composto por animais saudáveis, ingeriu salina estéril via intratraqueal ou intraperitoneal. O segundo, com animais com LPA, recebeu lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli, pelas mesmas vias.
Após seis horas de administração do LPS, os animais foram reunidos e, aleatoriamente, separados em subgrupos que receberam salina e células mononucleares da medula óssea por via venosa. Depois de sete dias de controle das células medulares, a doutoranda concluiu que a terapia foi efetiva para o tratamento do processo inflamatório nos dois tipos de LPA – com maior sucesso quanto à mortalidade e melhora da mecânica pulmonar e histologia nas lesões extrapulmonares. A pesquisadora afirma que tais resultados se devem à fixação das células mononucleares da medula óssea nos tecidos afetados.