Foram inaugurados na quarta-feira (29/7), no auditório Leopoldo de Méis, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), o Laboratório Didático de Ciência e o curso de extensão em Biociências para Surdos. Diante de futuros alunos do curso e intérpretes, os palestrantes apontaram a importância da inclusão dos deficientes auditivos na sociedade e como o novo curso vai ajudar a realizar essa tarefa.
Estavam presentes à mesa de abertura Vivian Rumjanek, coordenadora do curso, Diana Maul, coordenadora de Extensão da UFRJ, além de convidados especiais, como a pró-reitora de Extensão da UFRJ, Laura Soares, a diretora do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM/UFRJ), Débora Foguel, o diretor do Instituto Nacional de Ensino de Surdos (INES), Marcelo Cavalcanti, e o vice-presidente da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Paulo André Martins de Bulhões.
Vivian Rumjanek iniciou sua palestra relatando como foi o processo de criação do curso de extensão, as dificuldades e as soluções encontradas. Segundo a coordenadora, a ideia começou em 2005, quando foi criado um curso experimental de curta duração em Biociências para alunos surdos. O modelo foi inspirado na experiência desenvolvida pelo IBqM, na qual alunos ouvintes respondem às suas próprias dúvidas através de experimentos científicos, orientados por monitores.
Uma das principais dificuldades no projeto foi a transformação de termos científicos para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A solução encontrada foi abrir um curso de formação continuada, com especialização em Biociências e Física, para intérpretes da LIBRA, dando a experiência de trabalho necessária para evitar erros na tradução de significado de determinados termos científicos.
Os alunos terão aulas diárias, com um monitor surdo, durante um ano. Ao final desse período, o projeto poderá ser transformado oficialmente em curso de nível profissionalizante.