Uma nova pesquisa sugere que campanhas para promover exercícios físicos podem ter uma consequência involuntária: eles fazem com que as pessoas comam mais.
Num estudo na edição de março do periódico americano "Obesity", 53 estudantes universitários julgaram uma série de anúncios de uma campanha pró-exercícios e, em outra ocasião, um conjunto de cartazes parecidos, mas que não mencionavam exercícios. Eles foram informados de que receberiam algumas frutas secas em seguida, que deveriam provar e avaliar. Após examinar os anúncios de exercícios, eles ingeriram uma média de 18 calorias – contra somente 12 calorias após olharem os cartazes que não mencionavam exercícios.
Num segundo teste, 51 estudantes diferentes, informados de que participavam de um teste computadorizado de coordenação entre mão e olho, foram aleatoriamente expostos a palavras de ação como "ativo" e "corra", geralmente usadas em publicidade envolvendo exercícios físicos. Um grupo de controle foi exposto a palavras neutras como "pêra" ou "lua". Novamente, ofereceram comida a eles (amendoim, frutas secas e chocolates, desta vez), e os resultados foram similares: os que haviam ouvido palavras de ação comeram mais.
Dolores Albarracin, principal autora e professora de psicologia da Universidade de Illinois, disse que o contexto é importante. "Quando o ambiente do anúncio é mais favorável a comer do que se exercitar, as pessoas comem", disse ela. "Se você simplesmente encher qualquer local com esses cartazes, pode não ser muito bom."
G1 , Editoria Ciência e Saúde
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