• Edição 172
  • 21 de maio de 2009

Por uma boa causa

Dança: integração social no combate ao estresse

Thiago Etchatz

A dança é o tema da semana da série Por uma boa causa, que neste mês aborda maneiras de controlar o estresse. Já vimos que as atividades físicas, em geral, proporcionam benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias, queimando calorias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a produção de substâncias com caráter relaxante e analgésico, como a endorfina.

Através de movimentos de expressão corporal, cria-se um processo de harmonia com corpo, mente e espírito, semelhante ao desenvolvido pela Ioga, tema apresentado na semana passada. O condicionamneto dos níveis de estresse é desenvolvido através de exercícios físicos em harmonia com o ritmo e a melodia musical.

A dança ainda possui características peculiares que atraem cada vez mais adeptos. Segundo a psicóloga Rita Anjos, “além de atividade física, o hábito de dançar ajuda a emagrecer e se torna fator decisivo para conquistar um corpo mais saudável; é essencialmente uma atividade social e provoca a sensação psicológica de bem-estar, permitindo a troca de experiência, estimulando o diálogo e aumentando a motivação. Existem vários trabalhos científicos já publicados que apontam como efeitos da dança mudanças significativas de comportamento, tais como: menos timidez, mais confiança, mais vontade de encontrar os amigos e de sair para baladas.

Ao lado do teatro e da música, a dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade. É uma manifestação natural do homem, presente em todas as culturas. Sua prática pode estar vinculada a cerimônias como a dança da chuva, de forte tradição indígena, e até ao entretenimento ou à manifestação artística. Atualmente, é comum que empresas ofereçam a prática da dança a seus funcionários como maneira de melhorar o rendimento.

Rita Anjos ainda é coordenadora de Desenvolvimento Profissional da Pró-reitoria de Pessoal (CODEP) da UFRJ, que desenvolve o Projeto Humanizar. A iniciativa visa melhorar a qualidade de vida da comunidade acadêmica, facilitando o relacionamento interpessoal e canalizando as tensões do dia a dia . São oferecidas aulas de dança de salão e do ventre, além de teatro, tango, canto-coral e violão no Prédio da Reitoria, no Centro de Tecnologia, no Hospital-Escola São Francisco de Assis e na Prefeitura Universitária.

– Com o passar do tempo, percebemos que o programa não visa somente à qualidade de vida. Vimos que existem talentos artísticos e culturais e também a necessidade de criar um espaço para manifestação desses talentos. Desde 2007 realizamos eventos de encerramento das nossas atividades com apresentações envolvendo todas as oficinas – declarou Rita Anjos.

Rita ainda destacou que em 2007 os efeitos do Programa Humanizar foram medidos através de um trabalho feito por servidores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ), “amenizando o estresse através do Programa Humanizar da CODEP”. Foram comparados os quadros de estresse dos participantes antes e depois do projeto, com significativo nível de melhora no desempenho profissional, na qualidade de vida e na criatividade.

– As pesquisadoras salientaram que o objetivo do Programa Humanizar foi, e está sendo, plenamente alcançado, ressaltando que a implementação de outros tipos de projetos voltados à melhoria da qualidade de vida trarão benefícios em todos os âmbitos – ratificou a coordenadora do projeto da CODEP.

Para se inscrever e obter mais informações sobre o Projeto Humanizar e outros programas oferecidos pela CODEP, basta acessar o site: www.pr4.ufrj.br/codep.htm.