• Edição 183
  • 06 de agosto de 2009

Teses

Pesquisadora encontra substâncias tóxicas em ração para frangos



Thiago Etchatz


Maria de Lourdes Mendes de Souza, aluna do Programa de Pós-graduação em Química de Produtos Naturais do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da UFRJ (NPPN), defende a dissertação de doutorado “Determinação simultânea de micotoxinas em milho e ração para frangos pelo método multianalito por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas tandem”. A apresentação ocorre às 9h da sexta-feira, 7 de agosto, no auditório Paulo da Silva Lacaz, localizado no subsolo do bloco H no Centro de Ciências da Saúde, Cidade Universitária.

Sob orientação da professora-doutora Sônia Soares Costa, Maria de Lourdes utilizou o método multimicotoxinas baseado em CLAE-EM/EM para investigar a presença de substâncias tóxicas produzidas por fungos (micotoxinas) em 119 amostras de ração de frango (74 de milho em grão, 9 de produto de descarte e 36 amostras de ração) coletadas em uma fábrica.

Das 101 micotoxinas avaliadas, 20 foram quantificadas: aflatoxinas B1, B2, G1, G2, fumonisinas B1, B2 e B3, fumonisina B1 hidrolisada, zearalenona, agroclavina, canoclavina, desoxinivalenol, nivalenol, eniatina A, A1, B, B1, bovericina, ácido cójico e moniliformina.

O estudo concluiu que a maioria das amostras estava contaminada com mais de uma micotoxina. As fumonisinas estavam presentes em todas as amostras. Este é o primeiro relato de contaminação por agroclavina, canoclavina, eniatina A, A1, B, bovericina e ácido cójico em amostras de milho e ração para frangos no Brasil. Não foi observada diferença significativa com relação à quantidade de micotoxinas entre as etapas de limpeza por peneiração e de secagem no processamento do milho na fábrica de ração; porém, o produto de descarte da primeira limpeza apresentou os maiores níveis de contaminação em todas as micotoxinas avaliadas.