A Comissão de Biossegurança do Centro de Ciências da Saúde (CCS) promoveu nesta quinta-feira (10/12) o evento “Atualidades em Biossegurança no CCS”, no auditório da Biblioteca Central. A importância do evento se dá pelos riscos que os métodos de pesquisas científicas podem trazer sem os devidos cuidados.
A professora Elba Regina Sampaio Lemos, pesquisadora da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), discutiu a transmissão de doenças através dos animais na palestra “Animais, Risco de Zoonoses e Biossegurança”. Trazendo dados de estudos no Laboratório de Hantavirose e Rickettsiose do Instituto Oswaldo Cruz, ela mostrou a importância do cuidado no trato de animais, tanto domésticos quanto aqueles utilizados em pesquisa.
Depois de enumerar doenças que são trazidas ao homem pelos animais, como a raiva, a febre maculosa e a leishmaniose, Elba Lemos explicou que pode haver o contágio direto ou indireto. Um cachorro, por exemplo, pode ter a doença e transmiti-la através de uma mordida ou mesmo um arranhão. O contato indireto, por sua vez, se dá através dos parasitas. “Mesmo que a pessoa não entre no mato, um cachorro pode trazer o carrapato para dentro de casa. O carrapato infecta o ser humano, mas é o cachorro que faz o link entre os dois”, alertou.
O evento contou com palestras ainda em outras duas mesas: “Biossegurança em odontologia” e “O uso do jaleco fora do local de trabalho e suas consequências para a saúde”.
Para promover debates acerca do estudo da flora no estado, vai até sexta-feira (11/12) a XXVIII Jornada Fluminense de Botânica no Centro de Ciências da Saúde (CCS). A necessidade de uma ampla discussão sobre os caminhos do estudo da botânica em nossa região pautou o tema deste ano (a Botânica no Estado do Rio de Janeiro).
A cerimônia de abertura ocorrida na quarta-feira (9/12), no auditório Rodolpho Paulo Rocco (CCS), contou com a participação do diretor da faculdade de Farmácia, Carlos Rodrigues, da diretora do Instituto de Biologia, Maria Fernanda Quintela Nunes, da coordenadora-geral do evento, Ana Claudia Vieira, e, representando o Núcleo de Pesquisas de Macaé (Nupem), da professora Tatiana Ungaretti. Os professores ressaltaram a importância da Jornada, que terá palestras, debates e exibição de trabalhos, para agregar áreas diferentes do conhecimento científico, como a farmacobotânica.
A professora do Nupem abordou o assunto da segregação existente entre os municípios do estado na produção científica, que se concentra principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Nesse sentido, ela vê a necessidade de união entre os campi da UFRJ, para que outras localidades tenham acesso a pesquisas e produção de conhecimento.
A diretora do Instituto de Biologia, Maria Fernanda, também demonstrou desejo de integração maior entre as áreas: “Espero que a Jornada fortaleça o elo que criamos e que no futuro possamos crescer em outras iniciativas. Com a Faculdade de Farmácia, começamos as discussões para criar novos cursos, novas áreas de pesquisa, integrar os professores e crescer para atender às demandas cada vez maiores dessa área de conhecimento”.