Agência de Notícias da UFRJ www.olharvital.ufrj.br
Edição 271
6 de outubro de 2011

Microscópio

“Recicla CCS”: por um planeta mais sustentável

Rafael Gonzaga

 

 Está programado, para o próximo dia 7 de novembro, o lançamento do projeto “Recicla CCS”, no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CCS–UFRJ). O projeto, de acordo com a decana Maria Fernanda Quintela, trata da implantação da atividade de coleta seletiva solidária dentro do CCS, atendendo dessa forma à legislação vigente sobre gestão de resíduos sólidos, em especial ao Decreto 5.940, de 25 de outubro de 2006.

"Espera-se que o projeto contribua para a formação de uma mentalidade coletiva a respeito da gestão dos resíduos sólidos no CCS, passando pelo consumo, descarte e reuso", almeja a decana. A difusão desse tipo de iniciativa teve seu ponto de partida no Centro de Tecnologia (CT–UFRJ), com o projeto “Recicla CT”, e é esperado que se estenda a outros Centros e também ao campus de Macaé e ao polo de Xerém. “É da maior importância um projeto que trate da coleta solidária de resíduos na UFRJ, visto que, ao envolver cooperativas de catadores, a universidade tem um papel indutor da organização social e do fortalecimento da sociedade, além de apoiar grupos de pessoas muitas vezes marginalizadas do processo produtivo e de geração de renda. Na verdade, a UFRJ contribui para o processo mais amplo de inclusão social”, acrescenta.
 
A coleta seletiva solidária, instituída pelo Decreto Presidencial  5.940 e pela Lei 11.445/07, é  uma ação desenvolvida pelo governo federal na busca pela implantação desse tipo de coleta em órgãos públicos da administração federal direta e indireta, através da doação dos resíduos para associações ou cooperativas de catadores. A decana Maria Fernanda complementa: “O decreto é da maior importância dentro da política ambiental e de inclusão social do governo brasileiro. E deve ser implantado e incluído na gestão pública, dentro de um contexto mais amplo da política de gestão ambiental e de responsabilidade social das instituições”.
 

Coleta seletiva

É feita por meio do recolhimento e da separação prévios dos materiais  possíveis de serem reciclados, como os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros. Essa separação prévia, ainda na fonte geradora, evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis, aumentando o valor agregado deles e diminuindo os custos do processo de reciclagem como um todo.

A coleta seletiva de lixo é fator de altíssima importância para a sociedade moderna: além de ser uma atividade capaz de gerar renda para inúmeras pessoas e economia para as empresas,  sinaliza uma enorme vantagem para o meio ambiente, uma vez que diminui o despejo de detritos nos solos e rios, fator fundamental para o desenvolvimento sustentável do planeta.

Quem também se beneficia da coleta seletiva solidária são as organizações de catadores. O trabalho que desenvolvem, ao coletar entre 10% e 20% dos resíduos sólidos urbanos, apresenta um caráter de extrema relevância social e ambiental. Vale também ressaltar que o manuseio de resíduos deve ser feito de maneira cuidadosa, de forma a evitar uma possível exposição a agentes causadores de doenças.


Os grandes beneficiados pela implantação do sistema de reciclagem são o meio ambiente e a saúde da população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais (em torno de 40% do lixo doméstico) diminui consideravelmente a utilização dos aterros sanitários, prolongando dessa forma sua vida útil. Se o programa de reciclagem contar também com uma usina de compostagem (que transforma os resíduos orgânicos encontrados no lixo em adubo), os benefícios são ainda maiores. A reciclagem implica a redução significativa dos índices de poluição e de desperdício de recursos da natureza.

Anteriores