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Edição 266
4 de agosto de 2011
O mundo está mudando. Com ele, hábitos e posturas também têm sofrido transformações em prol de uma vida mais saudável e de uma convivência mais salutar entre os seres humanos e o ambiente em que habitam e do qual provêm recursos vitais para a sobrevivência dos seres vivos. O conceito de Planeta Sustentável tem sido discutido com uma frequência nunca vista antes, seja nas casas, nas ruas, nos estudos acadêmicos.
Baseado em tal conceito, o Por uma Boa Causa deste mês publica matérias que tratam de práticas cotidianas que objetivam a sustentabilidade, isto é, o consumo dos recursos naturais com consciência evitando atos degradantes ao meio ambiente. A lista de ações a serem adotadas é extensa e incluem tarefas como racionamento de energia, combate ao desperdício de água, descarte adequado do lixo, aproveitamento da água pluvial, tratamento da rede de esgoto, entre outros.
Um exemplo de inserção de hábitos sustentáveis pode ser conferido no Centro de Tecnologia da UFRJ, na Cidade Universitária. Estão dispostos nas salas e corredores cestos de lixos para a coleta seletiva do programa “Recicla CT”. Nas paredes estão fixados lembretes para economizar energia, uma das iniciativas do “CT Consciente”. Nos arredores do campus, em áreas externas e jardins, são estimulados a preservação e cuidado da área verde e replantio da flora – ações do “CT Verde”.
Educar as pessoas é o principal objetivo dessa política, de acordo com o decano do CT, professor Walter Issamu Suemitsu. Os programas dão a oportunidade de aplicar os conhecimentos passados na graduação e pós-graduação e mudar a visão dos alunos, funcionários e professores. “Os projetos são importantes para conscientizar que tratar desse assunto não compete somente à Engenharia Ambiental. Outras, como a Hidráulica e Eletrônica, por exemplo, também têm papeis fundamentais nesse assunto”, lembra o decano.
Mudar a cultura de quem transita ali e repassar os costumes adquiridos para a sociedade são outras metas da Decania. “O CT está fazendo a sua parte, mas agora o papel cabe à comunidade. É necessário persistência para mudar essa cultura. Muita gente ainda vê o lixo em caráter depreciativo ou julgam o material reciclado como um produto de baixa qualidade”, destaca Walter Suemitsu.
De acordo com o decano, a tecnologia é aliada ao meio ambiente pois “ela contribui na preservação de várias formas, não só na reutilização dos materiais, mas na sua transformação. Desenvolvem-se, por exemplo, estudos na Escola de Química com plásticos, e, na Engenharia Elétrica, há trabalhos com baterias”. Além disso, há um centro de triagem no Centro de Tecnologia que separa o lixo gerado e é doado para cooperativas.
Fora do ambiente acadêmico os exemplos também devem ser dados. Segundo o professor, quando uma pessoa repassa o que conhece ela está colaborando significantemente para uma mudança positiva, “melhor do que ficar parado”, diz. “O importante é dar o primeiro passo, sem medo de fracassar. No início falhamos em alguns pontos dos programas, mas não desistimos. Pelo contrário, aperfeiçoamos”, esclarece o Walter Suemitsu.