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Edição 225
22 de julho de 2010
O garoto Yago Bueno dos Santos, 6, que um ano atrás perdeu a audição em função de meningite, passou pela primeira cirurgia de implante de ouvido biônico realizada pelo SUS no Rio.
Em um mês, após a cicatrização total, o aparelho será ligado. Os estímulos sonoros vão chegar ao cérebro de Yago como impulsos elétricos.
A percepção dos sons será imediata mas, para aprender a interpretá-los, o garoto vai passar por uma reabilitação que pode levar até três anos.
"Sei que ele vai ter que reaprender a ouvir, mas se olhar quando a gente falar o nome dele, já vai ser maravilhoso", diz a mãe, Patrícia Bueno dos Santos, 26, que se mudou do Mato Grosso do Sul para o Rio em busca do tratamento.
Patrícia diz que Yago tem esquecido palavras devido ao longo período sem ouvir.
A cirurgia foi feita no Hospital do Fundão, que pode realizar o implante desde o início do ano.
Antes, pacientes eram enviados a outros Estados, como São Paulo, que tem oito das 19 unidades credenciadas no país.
O chefe do serviço de otorrinolaringologia do Hospital do Fundão, Shiro Tomita, diz que o setor recebeu 24 ouvidos biônicos. "A demanda é grande. Na rede privada, só o aparelho custa R$ 70 mil."
O implante é indicado para pessoas com surdez profunda, que não respondem bem aos aparelhos tradicionais e não têm problemas anatômicos no ouvido.
Uma parte do aparelho é implantada na cóclea, região interna do ouvido, e outra sob o couro cabeludo. Uma terceira é acoplada à orelha.
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