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Edição 239
28 de outubro de 2010
O cientista Luiz Mors Cabral, ex-aluno do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ, foi o vencedor do prêmio “Jovem Geneticista 2010”, divulgado durante o “56º Congresso Brasileiro de Genética”, que ocorreu no mês de setembro no Guarujá, em São Paulo.
“A vitória foi um grande incentivo. Na carreira científica, o auge da produção costuma acontecer muito tarde, então prêmios como este são uma forma de reconhecer também o trabalho realizado por estudantes de pós-graduação”, declara Mors.
Atualmente, o premiado é professor do departamento de Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal Fluminense (UFF). Um fator fundamental para a conquista do prêmio foi a avaliação da tese de doutorado, na qual o pesquisador foi orientado pela professora Adriana Hemerly, do IBqM. O estudo, que aborda aumento de biomassa em plantas, rendeu uma publicação na Embo Journal, em 2008.
Luiz acredita que a tese teve bom destaque especialmente devido à importância do agronegócio e à necessidade de novas formas de obtenção de combustíveis, temas que se relacionam com seu trabalho. “O aumento de produtividade ou biomassa em plantas é tão focado hoje em dia que, entre os cinco trabalhos concorrentes ao prêmio, três mencionavam o assunto de alguma forma”, observa o pesquisador.
“Quando comecei a trabalhar com a Adriana Hemerly, ainda durante a graduação, o foco do estudo era o ciclo celular de plantas e os mecanismos moleculares envolvidos em seu controle. Com o passar do tempo, os resultados foram nos conduzindo a novas abordagens: hoje estudamos o desenvolvimento vegetal”, conta o pesquisador.
Mors não esperava o prêmio: “realmente achei que não fosse ganhar, pois o nível dos trabalhos concorrentes era excelente. Eu já estava feliz pela seleção entre os finalistas. Para mim, esse prêmio é um indicativo de que estou no caminho certo. Agora estou na UFF, mas acredito que minha ligação com o IBqM e com o laboratório da Adriana Hemerly vai continuar por muito tempo. E gosto bastante dessa ideia”, relata.
Para Adriana Hemerly, a maior vitória é ver o sucesso de um grande esforço feito pelo Instituto no sentido de oferecer infraestrutura científica de ponta na área de Biologia Molecular Vegetal. “Uma vez que Mors foi meu aluno desde seu estágio, passando pela iniciação científica, mestrado e doutorado, fico muito feliz em ver que seu trabalho foi reconhecido. Isso mostra que seu treinamento no laboratório foi de qualidade, e esse era o objetivo”, conclui Hemerly.
Fonte: Site do IBqM