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Edição 211
31 de março de 2010
Foto: Agência UFRJ de Notícias |
Reunião coordenada por Roberto Fiszman discute a organização da estrutura do Hospital, o incentivo à vacinação e a questão dos medicamentos |
No dia 30 de março ocorreu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ) a 1ª Reunião da Comissão de Enfrentamento da Pandemia de Gripe A, em conjunto com representantes das diversas divisões e comissões do Hospital. A reunião foi coordenada por Roberto Fiszman, representante do Serviço de Epidemiologia e Avaliação do HUCFF.
Durante o debate, foram discutidos problemas e soluções relacionados à vacinação da gripe A no Hospital Universitário, que funciona desde o ano passado como Hospital de referência para os casos da doença. Segundo Fiszman, as principais questões a serem debatidas seriam a organização da estrutura do Hospital, o incentivo à vacinação e sua facilitação e a questão dos medicamentos.
O principal problema acerca da organização do Hospital é a falta de recursos laborais e estruturação, para que sejam aplicadas as vacinas não só nos funcionários, mas também nos pacientes internos do HUCFF. Embora tenha recebido um grande número de doses da vacina, o Hospital imunizou cerca de 2 mil pessoas, incluindoestudantes residentes. “A vacinação dos funcionários ainda está incompleta. Ainda existem muitos que não foram vacinados, mas que desejam fazê-lo”, relatou Roberto.
Além disso, foi discutido que a porta de entrada do HUCFF, já que é um Hospital de referência para os casos da gripe A, deveria ter uma melhor organização para o recebimento dos pacientes. Todas as sugestões e soluções levantadas na reunião serão estudadas para serem aplicadas da melhor maneira possível no Hospital Universitário em breve.
Foto: Banco de imagens UFRJ |
Max Carvalho, professor da Universidade Federal Fluminense (Uff) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), foi o convidado para a Sessão do Centro de Estudos do Instituto de Psiquiatria (Ipub) da UFRJ, realizada na última sexta (26/03), no Auditório Leme Lopes, no campus da UFRJ na Praia Vermelha. O tema do evento foi “Aspectos Neuropsiquiátricos dos Tumores Cerebrais”.
O professor iniciou a palestra falando sobre a natureza das lesões cerebrais, tema de sua pesquisa de doutorado em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental. Segundo o docente, os sintomas de tumor cerebral são muito comuns em pacientes com ansiedade comum. Ele destacou que, no entanto, é raro para um psiquiatra diagnosticar um tumor cerebral e indicar ao paciente uma visita a um neurocirurgião.
O oposto, por sua vez, é muito frequente, segundo Carvalho. Quase sempre os tumores cerebrais são diagnosticados como problemas neuropsiquiátricos. “Em tese, todos os pacientes com tumor cerebral deveriam ter, no mínimo, um acompanhamento psiquiátrico,” explica.
O professor destacou que os tumores cerebrais são dez vezes mais comuns em pacientes psiquiátricos do que na população em geral, provavelmente por erro de diagnóstico ou por complicações. “O paciente com esquizofrenia, por exemplo, e também um tumor cerebral, se torna um paciente complicado e, às vezes, o sistema psiquiátrico não percebe a segunda patologia”, comenta Max Carvalho, para quem 18% dos tumores cerebrais se iniciam com sintomas psiquiátricos.
Foto: Banco de imagens UFRJ |
Geni Neumann N. de Lima Camara, gerente da área de Tecidos, Células e Órgãos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e Andre Oliveira Rezende de Souza, especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, foram os convidados do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ) para falar sobre o “Transporte de amostras biológicas no Brasil” ministrada.
Os especialistas iniciaram suas falas definindo três pilares das diretrizes sanitárias: a biossegurança, a rastreabilidade e a segurança do material. A partir daí exemplificaram os principais pontos das amostras biológicas humanas, como o transporte de sangue e hemocomponentes para fins terapêuticos, órgãos para transplantes e amostras clínicas para diagnóstico e para pesquisas.
A palestra, que aconteceu na última terça-feira (30/03), levantou a questão das normas para transporte desses materiais. “Foi necessário definir critérios sanitários para atender os pilares, como normas relativas à embalagem e acondicionamento, sinalização e rotulagem, além da responsabilidade do remetente. Esses critérios são pautados na Agenda Regulatória de 2010 da Anvisa”, argumentou Geni.
O evento ainda suscitou debates sobre a realidade dos laboratórios clínicos no Brasil. Segundo os médicos, cerca de 80% do diagnóstico médico brasileiro passam por esses laboratórios, que somam mais de 14.716 unidades no território nacional. Os profissionais citaram normas de biossegurança, que garantem qualidade e segurança no transporte. “Instruções escritas para transporte de amostras de pacientes devem conter prazo, temperatura, e padrão técnico, para garantir a integridade e estabilidade. Os recipientes devem ser higienizáveis e impermeáveis, com simbologia de risco biológico”, informa Andre.
Durante a palestra, foram abordados os diferentes tipos de transportes de amostras biológicas no Brasil: o transporte aéreo ocorre mediante regulamentação da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). Em contrapartida, o transporte marítimo não apresenta normas específicas sobre o transporte. O envio postal obedece ao manual da Union Postal Universal (UPU), de 2005. E o transporte terrestre se pauta na norma ANTT, nº 420/04.
Foto: Agência UFRJ de notícias |
Palestras da aula inaugural do CCS contaram com um grande número de espectadores |
A aula inaugural do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ) ocorreu no dia 31 de março no Auditório “Bezão”, no bloco B do prédio do CCS. Com o tema “Noções Básicas em Primeiros Socorros e Biossegurança”, a aula buscou trazer uma apresentação dos cursos aos novos estudantes recém-chegados. Os convidados para apresentar a aula foram a professora Ana Borralho, da Faculdade de Medicina, a professora Sônia Costa, presidente da comissão de Biossegurança do CCS e a estudante de medicina Natalia Verdial.
Ana Borralho abriu a aula explicando a importância da noção básica de primeiros socorros. “Se você não sabe, não faça nada, nem deixe um leigo fazer”, alertou a professora. Após isso, foi passado um vídeo que apresentou diversas situações de risco cotidianas e todos os procedimentos básicos que devem ser feitos em caso de ocorrência. O filme explicava detalhadamente como atuar com primeiros socorros básicos, ensinando as noções de respiração boca a boca, transporte de acidentados, entre outras.
A seguir, a professora Sônia Costa tratou da questão da Biossegurança, cujo significado designou como “Todas as medidas tomadas para prevenir riscos e danos às pessoas e animais”. Durante a palestra Sônia enfatizou sua preocupação com o coletivo, como a principal preocupação da Biossegurança. Além disso, apresentou toda a comissão de Biossegurança do CCS, que têm como objetivo, segundo ela, informar a sociedade sobre os conhecimentos de segurança.
Para finalizar foi convidada a falar a estudante de medicina Natalia Verdial, presidente da Liga Acadêmica de Trauma e Emergência (LATE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que fez uma apresentação da Liga, detalhando seu trabalho e seus objetivos acadêmicos e sociais.