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Edição 262
02 de junho de 2011
O curso de Enfermagem e Obstetrícia do campus de Macaé e pela Fundação Educacional da cidade promovem o 2º Encontro de Enfermagem do Campus e Região (2º Macaenf) para discutir a melhoria da saúde e quais as capacidades que o enfermeiro precisa desenvolver. Para isso, um resgate histórico da profissão é fundamental para entender como o saber e o fazer funcionam na nossa sociedade e como eles evoluíram.
“Será realizada a troca de intercâmbio intelectual entre profissionais da área e alunos. Nosso objetivo, além de promover esta troca, é construir e enfatizar o olhar humanístico do enfermeiro no desempenho da função que a ele cabe”, relata a professora Glaucia Valadares, presidente do encontro e coordenadora do curso de Enfermagem em Macaé.
A profissão surgiu do desenvolvimento de práticas antigas de saúde e de prestação de assistência, sempre muito ligadas ao trabalho e dedicação femininos e à aplicabilidade dessas práticas na guerra. As primeiras escolas de Enfermagem nasceram na Inglaterra no século XIX com princípios básicos de treinamentos diretamente ligados aos hospitais, ensino metódico e seleção de profissionais com capacidades física, intelectual e moral, além da aptidão profissional.
No Brasil, o grande destaque da enfermagem foi Anna Nery, que rompeu preconceitos e se dispôs a servir à nação na Guerra do Paraguai, partindo para os campos de batalha e prestando serviços e cuidados aos feridos. Após cinco anos de guerra, a enfermeira volta e sua atitude de honra é reconhecida e homenageada pelo governo imperial.
Pode-se observar até hoje o viés humanístico e acolhedor da profissão. “A enfermagem está a serviço do bem-estar humano, zelando pela melhoria da saúde do paciente e respeitando a coletividade”, diz a professora Glaucia. O encontro de Enfermagem objetiva desenvolver competências e habilidades para unir o saber e o fazer. “A construção de profissionais críticos, criativos e com dignidade é fundamental para o ramo da Enfermagem”, completa Glaucia.
O evento acontece no período de 6 a 10 deste mês e tem como público-alvo profissionais, professores e estudantes de Enfermagem e áreas afins. As palestres ocorrem no Polo Cidade Universitária de Macaé e ressaltam questões ligadas à região, discutindo tendências e possibilidades para a melhoria da saúde. Serão oferecidos mini-cursos, envolvendo as mais diversas temáticas, como os efeitos colaterais da prostituição na saúde e o uso de terapias alternativas.