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Edição 210
25 de março de 2010
Cientistas australianos anunciaram nesta quarta-feira (24), no Dia Mundial da Tuberculose, que desenvolveram um novo medicamento que pode curar a doença antes que ela chegue à fase infecciosa, o que seria o maior avanço na área desde 1962.
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Centenário de Sydney desenvolveu o remédio, que pode combater a tuberculose em estado latente, antes que seja transmitida a outras pessoas, podendo salvar assim milhões de vidas em todo o mundo, segundo o bacteriologista Nick West.
"Isolamos uma proteína necessária para a sobrevivência da bactéria que causa a tuberculose, e o remédio no qual estamos trabalhando para inibir a bactéria está tendo bastante êxito, embora ainda não tenhamos terminado nossa investigação", explicou o especialista.
West indicou que, durante os próximos, meses os pesquisadores vão analisar se o remédio é realmente capaz de acabar com a doença quando esta ainda se encontra em sua fase inicial e não é contagiosa.
Se for confirmada a hipótese, o tratamento poderia salvar cerca de dois milhões de pessoas que morrem a cada ano por causa da doença.
"Os antibióticos que empregamos agora para tratar a doença não são eficazes antes que ela entre na fase ativa, e isso é um problema grave, pois um de cada dez infectados desenvolve a bactéria", destacou West.
Cerca de 2 bilhões de pessoas, quase um terço da população mundial, estão infectadas de tuberculose, que avança em maior ritmo no Sudeste Asiático, China e Índia, onde são registrados a metade dos casos resistentes aos medicamentos existentes.
A cada ano, cerca de meio milhão de pessoas são infectadas. Um terço delas acaba morrendo, segundo os últimos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
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