Tiririca é uma praga para muitos. Mas para duas estudantes da UFRJ a planta pode ajudar a embelezar o campus da universidade com uma técnica que ajuda na produção em escala de duas plantas ornamentais muito utilizadas para o paisagismo: a Bela Emília (Plumbago auriculata) e a Ixora (Ixora coccinea). Patrícia dos Santos Souza e Fernanda Alves Bucci, sob orientação da professora Anaize Borges Henriques, do laboratório de Fisiologia de Desenvolvimento Vegetal, decidiram empregar o sumo proveniente da maceração da “batatinha” da Tiririca (cyperus rotundus L.) para induzir a geração de raízes em estacas das plantas ornamentais no Horto da Prefeitura Universitária.
Pela ampla distribuição, agressividade e capacidade de competição, associada à dificuldade de controle e erradicação, a Tiririca é considerada uma infestação em diversas áreas do globo, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais. No entanto, nos tubérculos (batatinhas), que ficam a não mais que 20 centímetros sob a terra, há grande concentração de substâncias semelhantes ao ácido indol butírico (IBA) e ao ácido naftaleno acético (NAA), dois reguladores de crescimento comumente utilizados na indução do crescimento de raízes...