Marina Vieira Martins, doutoranda em Farmacologia e Química Medicinal, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-UFRJ) apresenta pesquisa nesta sexta-feira (21/05), às 10h, no auditório da Farmacologia, que fica no bloco J, sala J1-004 do prédio do CCS.
Sob a orientação do professor Eliezer Jesus de Lacerda Barreiro e da doutora Marise Pinheiro Nunes, a aluna escolheu o tema “Farmacoterapia da neuropatia diabética”. Trata-se das complicações mais comuns da diabetes, que atinge em torno de 50% dos pacientes. A doença afeta diferentes partes do sistema nervoso e apresenta diversas manifestações clínicas.
Segundo Marina, a dor causada pela neuropatia abrange extremidades distais, como mãos e, principalmente, os pés. “Os pacientes reclamam de dormência e sensação de queimação dos membros, que muitas vezes resultam em dificuldade de locomoção, distúrbios do sono e diminuição da qualidade de vida”, relata a doutoranda.
A neuropatia diabética permanece não totalmente esclarecida, porém fatores como duração da diabetes, hiperlipidemia e hiperdislipidemia estão correlacionados com o desenvolvimento e progressão da doença.
“Muitas terapias são direcionadas ao controle dos sintomas da neuropatia e incluem antidepressivos, anticonvulsivantes, opioides, bem como novas estratégias, como a aplicação tópica da toxina botulínica, uso de antioxidantes como o ácido alfa lipoico, porém novos alvos permanecem em estudo”, conclui a aluna.
Muitas pesquisas mostram que o controle glicêmico, lipêmico, bem como modificações no estilo de vida podem ter um papel importante na melhoria e prevenção da progressão da neuropatia diabética, objetivando a redução da morbidade e mortalidade dos pacientes.