O Governo Federal vem fundando cada vez mais novos bancos públicos de sangue de cordão umbilical em todo o país. Isso significa um avanço tanto em torno das possibilidades de cura de doenças como leucemia, anemia hereditárias, linfomas, entre outras. como também para área de pesquisa com células-tronco.
O sangue do cordão umbilical, por ser o mesmo sangue do recém nascido, pode ser utilizado para o transplante de medula óssea possibilitando um aumento nos casos de compatibilidade entre doador e paciente. O Brasil, apesar de ser um dos países com mais doadores voluntários de medula óssea no mundo, ainda sofre com a dificuldade no encontro de doadores compatíveis.
Outra forma de contribuição dos bancos de sangue de cordão umbilical no Brasil é o uso do sangue para pesquisas relacionadas a células-tronco no tratamento de doenças. É o caso de Regina Coeli dos Santos Goldenberg, professora e pesquisadora do Laboratório de Cardiologia Celular e Molecular do Instituto de Biofísica da UFRJ (IBCCF), que atualmente realiza uma pesquisa relacionada a células derivadas do segmento do cordão umbilical no tratamento de doenças cardíacas, como a geléia de Wharton (camada protetora dos vasos do cordão umbilical) e os vasos existentes nessa área.
Para a pesquisadora, as células do sangue de cordão são uma realidade terapêutica de tratamento para várias doenças hematológicas, além de deficiências do sistema imunológico: “é a única situação onde podemos falar em tratamento com células-tronco”, revela.
Como e por que doar
Para fazer a doação do sangue do cordão umbilical de seu filho, é necessário que o parto seja realizado em maternidades que fazem parte do programa da Rede BrasilCord. Além disso, a gestante deve ter entre 18 e 36 anos, ter realizado pré-natal, ter pelo menos 35 semanas de gestação no momento da coleta e não possuir histórico de doenças relacionadas a câncer ou disfunções sanguíneas, como anemia hereditária.
Não há nenhuma contra indicação para a mãe e o bebê visto que o procedimento é todo realizado após o parto. Além disso, as células coletadas podem ficar anos congeladas e estarão imediatamente disponíveis ao paciente caso necessário, o que não ocorre com a doação de medula óssea.
Mais informações sobre o processo de doação você encontra no site do Instituto Nacional do Câncer.