As diferenças no campo de saúde entre os países, bem como entre homens e mulheres, são cada vez mais marcadas no mundo, revela um estudo sobre a mortalidade prematura de adultos em 187 países, que foi publicado na revista científica britânica The Lancet.
O estudo americano estima a probabilidade que um indivíduo que acaba de completar 15 anos tem de morrer antes dos 60. Os riscos de morte prematura mais baixos nesta faixa etária se encontram na Islândia (para os homens) e em Chipre (para as mulheres).
No conjunto, foram detectados progressos principalmente entre as mulheres. Em 40 anos, entre 1970 e 2010, a mortalidade prematura adulta diminuiu mundialmente 34% entre as mulheres e 19% entre os homens.
A diferença entre os sexos aumentou 27% no mesmo período.
A França, que em 1990 se situava entre os melhores países do mundo pela baixa taxa de mortalidade feminina na faixa etária de 15 a 59 anos, na 12ª posição, passou a ocupar a 23ª em 2010.
No entanto, a mortalidade prematura masculina continua sendo uma das mais elevadas da Europa (34º lugar atualmente). Para os dois sexos, a França situa-se abaixo de países como Itália e Espanha.
As cifras dos Estados Unidos não são brilhantes: de 34º colocado em 1990 para a mortalidade feminina e 41º para a masculina, o país caiu, em 20 anos, para a 49ª posição entre as mulheres e para o 45º lugar entre os homens, atrás da Europa ocidental e de países como Chile, Tunísia, Albânia e do vizinho Canadá.
A Rússia caiu da 43ª posição, em 1970, no que diz respeito à mortalidade feminina prematura, para a 121ª. A China, por sua vez, situa-se em 72º lugar para as mulheres e em 59º para os homens.
África
A África austral mantém taxas de mortalidade que superam as da Suécia em 1751. Só três países – Suécia, Holanda e Noruega – mantiveram suas posições no ‘top 10′ pela baixa taxa de mortalidade masculina entre 1970 e 2010. Diversos fatores explicam estas disparidades, entre eles o tabagismo ou a progressão da hipertensão e da obesidade nos países em desenvolvimento.
A Aids também é uma explicação. Este trabalho decisivo, conduzido por Christopher Murray (IHME-Institut for Health Metrics and Evaluation, Seattle), se baseia em indicadores mais variados dos que os utilizados habitualmente.
“Só 26% da população mundial vivem em países que possuem um estado civil completo” (nascimento, falecimento) e até agora a mortalidade do adulto é, frenquentemente, uma forma de extrapolação a partir de números da mortalidade infantil, explicaram os cientistas no artigo. As informações são da France Presse.
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