• Edição 229
  • 19 de agosto de 2010

Saúde em Foco

Consumo regular de açúcar, mesmo pouco, é pior que exagero esporádico

Risco de cárie está associado ao padrão de ingestão, não à quantidade. Bactérias convertem açúcar em ácido que desaparece após 30 minutos.

do G1

Açúcar e cáries andam sempre juntos. Porém, a quantidade total de açúcar que se consome tem menos impacto na formação de cáries do que a forma como esse açúcar é consumido. Consumir pouco açúcar, sempre, dá mais cárie que muito açúcar às vezes.

A cárie ocorre quando as bactérias que revestem os dentes se alimentam de açúcares simples. Elas criam um ácido que destrói o esmalte do dente. Quando se come algo doce, a bactéria leva por volta de 20 segundos para converter o açúcar em ácido, que então dura por 30 minutos.

Isso significa dizer que uma lata de refrigerante é bem menos prejudicial para os dentes quando consumida em apenas alguns minutos do que a mesma lata de refrigerante quando consumida por algumas horas com goles repetidos, diz Carole Palmer, professora de saúde pública e serviço comunitário na Universidade de Medicina Dental Trufts.

“Todas as vezes que açúcar é levado até a bactéria, o ácido será formado”, afirma Carole, que recentemente publicou um artigo explorando mitos dentários na publicação “Nutrition Today”. “Os fatores que vão aumentar o risco de cárie não incluem a quantidade total de açúcar, mas o padrão de consumo. Você é do tipo que está constantemente dando goles? Você pega um refrigerante e o deixa em sua mesa toda a tarde? Faz uma xícara de café com açúcar e dá pequenos goles durante toda a manhã?”

Carole enfatiza que isso não acontece só ao consumir açúcar, mas também qualquer ácido, como refrigerante dietético. Um estudo chegou a revelar que balas azedas seriam significantemente mais destrutivas para o esmalte do dente que as balas doces comuns, devido ao seu nível de acidez.

 

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