Foto: Agência UFRJ de Notícias |
Maurício José Tecles, responsável pela rede de internet do IBCCF |
Desde julho de 2009, o Centro de Ciências da Saúdes (CCS) da UFRJ possui moderna aparelhagem para a conexão de internet de suas unidades. O TCA, roteador central que concentra toda a comunicação de rede do CCS e distribui a conexão de internet pelas unidades, está equipado com cabos de fibra óptica. Deste modo, a ligação de internet ganhou folga para a distribuição, se tornou mais segura e dez vezes mais rápida. Entretanto, para que todas as unidades desfrutem desta nova tecnologia, é necessário adaptarem suas redes locais.
De acordo com Maurício José Tecles, responsável pela rede de internet do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ, em 1994 o CCS teve sua primeira conexão com a internet. “Uma linha telefônica ligada ao Núcleo de Computação Eletrônica (NCE/UFRJ) e assim com a internet”, relata Maurício. No entanto, desde meados dos anos 1990 o CCS cresceu enormemente, até com a criação de novas unidades, e a infra-estrutura de comunicação não acompanhou esse ritmo.
Até que em julho de 2004 a Rede nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) doou um cabo (externo) de fibra óptica de 72 fibras para ligar o NCE ao CCS. Além de cabos internos para conectar o Instituto de Biofísica ao TCA do CCS, onde se concentram as ligações do centro com o restante da rede da universidade.
- A ligação (da internet) é feita nos centros no que chamamos de ponto de presença, onde entra o cabo de comunicação do prédio. Esse local é o TCA, que fica no subsolo do prédio do CCS. O TCA concentra toda a comunicação de rede do CCS que se liga com toda a infra-estrutura de rede da universidade. Dele saem outros cabos de fibra óptica, internos, que se ligam aos TCB’s e as redes que se ligam nos blocos. Cada bloco do CCS possui um TCB – explica Tecles.
Com a obra de infra-estrutura para a construção do Restaurante Universitário (“Bandejão”), ao lado da Escola de Educação Física e Desportos, foi montada a estrutura necessária para a instalação do cabo externo de fibra óptica. Em outubro de 2008 a estrutura estava pronta e em julho de 2009 foi instalada a nova fibra óptica.
- A taxa de comunicação com a internet melhorou muito. Até a ligação dessa fibra nova nós tínhamos uma ligação já estrangulada com o crescimento das redes. O benefício direto foi o alívio que se trouxe da comunicação dos usuários do CCS com a internet. Eu acredito que o aumento da velocidade da conexão está numa ordem de grandeza de 10 vezes mais rápida, ou mais. Temos uma conexão mais rápida e segura – avalia o responsável pela rede do IBCCF.
Adaptação das redes locais
Segundo Maurício José, alguns usuários da internet do CCS ainda não desfrutam da tecnologia já disponibilizada. “Há tecnologia de ponta para o bom funcionamento das conexões de internet no CCS, resta às unidades se organizarem vislumbrando a adequação de suas redes. Algumas redes não estão com a tecnologia adequada, devido a uma questão de gargalo local não sentiram o benefício. Na rede da biofísica, já adaptada, essa melhora foi muito clara”, afirma. Para desfrutar da conexão com a fibra óptica é necessário ter uma rede que seja compatível com o novo sistema.
Tecles orienta que as unidades do CCS façam projetos para a adequação de suas redes. “O primeiro passo para cada unidade é mapear a sua rede e a definir suas necessidades. Esses projetos devem ser baseados em especialistas, sejam do NCE ou não, e devem ser encaminhados para projetos de infra-estrutura da FAPERJ, entre outros. Afinal, isso é claramente uma questão de infra-estrutura de comunicação”, salienta.
Por fim, Maurício Tecles conclui que “há custos, que não são baixos para a adaptação das redes locais, porém a relação custo-benefício vale. Uma vez que se montam os equipamentos novos dentro das normas, você minimiza os problemas a quase zero. A tecnologia avança rapidamente, não podemos ficar como ficamos de 1994 a 2009 usando o mesmo equipamento, 14 anos na velocidade da tecnologia é muito tempo”.