Foto: Agência UFRJ de Notícias |
O doutor Alberto Chebabo esclarece dúvidas sobre vacina |
“Influenza – dados sobre a segurança da vacina” foi tema de discussão na manhã dessa quarta-feira (17/03) no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HCFF/UFRJ). A palestra, ministrada por Alberto Chebabo, Chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias – HUCFF, foi organizada com o intuito de divulgar e esclarecimentos alguns itens sobre as vacinas contra a gripe A H1N1, visto que o número de ligações buscando informações sobre a doença aumentou bastante desde o início do processo de vacinação no Hospital Universitário.
O evento, que contou com uma presença significativa de médicos e estudantes da Faculdade de Medicina da UFRJ, teve como foco divulgar os vários resultados de estudos realizados em diversos países sobre a incidência da nova gripe. Chebabo apresentou dados do Ministério da Saúde, onde se divulga que, no início da propagação da doença, em 2009, foram detectados 8 mil casos da nova gripe, sendo 4 mil confirmados, e 1.765 em investigação. Porém o infectologista alerta sobre o aumento vertiginoso dos casos na fase de pico da propagação da doença(junho de 2009): aproximadamente 100 mil internações, 84 mil casos de gripe A H1N1, sendo metade confirmada, e 16.692 em investigação, além de 5.500 óbitos. No ano de 2010 já foram registrados 583 casos, sendo 121 confirmados e 165 em investigação.
Vacinação em massa
Outro dado em pauta foi do planejamento da vacinação contra a gripe no país. Chebabo afirma que a lista de prioridades para vacinação se configura da seguinte forma: primeiramente, devem tomar a vacina os profissionais da área de saúde que têm contato com pacientes com gripe. Em seguida, devem ser vacinadas as gestantes. Seguidas por populações indígenas e pessoas com doenças crônicas de base, como por exemplo hepatite, diabetes, doenças renais, doenças respiratórias, entre outras. Após isto, devem se vacinar crianças saudáveis, e adolescentes de 20 a 29 anos, e por fim, os últimos a serem vacinados serão adultos de 30 a 39 anos. Chebabo também informou que os idosos não recebem a vacina contra a gripe A H1N1, pois a vacina destinada a essa faixa etária é da gripe sazonal. Com isso o Brasil pretende alcançar a maior campanha de vacinação que já foi feita no mundo: aproximadamente 91.772.647 pessoas vacinadas. Isto supera até os Estados Unidos da América, que vacinaram aproximadamente 60 milhões de pessoas.
Por fim, o professor acrescentou informações básicas sobre os quatro tipos de vacina contra a gripe A H1N1: Sanofi Pasteur, GlaxoSmithKline, Novart Fluvirin e Novart Celtura. Dentre as citadas, algumas apresentam em sua formação a presença de substâncias denominadas adjuvantes, que permitem maior capacidade imunogênica. São elas: GSK e Novart Celtura; “Apesar de não existirem evidências de que os adjuvantes contribuam para diminuir a segurança da vacina, há uma recomendação explícita de que as gestantes não utilizem vacina com essa substância”, afirma o infectologista.
Segundo ele, no setor privado brasileiro, apenas as empresas Solvay e Sanofi Pasteur tiveram interesse em distribuir suas vacinas, que atualmente se configuram como vacinas tríplice, protegendo contra Influenza B, Influenza A H2N2 e Influenza A H1N1.
Vacinação no Hospital Universitário
A partir do dia 17, a vacinação contra a gripe A H1N1 foi reiniciada no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/RJ). Roberto Fiszman, chefe do serviço de Epidemiologia, confirmou na manhã de terça-feira (16/03) o recebimento de 1800 novas doses da vacina, destinada prioritariamente aos profissionais da área de saúde.
Fiszman ainda alertou que as vacinas foram recebidas do laboratório Glaxo- SmithKline, que utiliza substâncias que facilitam a resposta imune, chamadas adjuvantes. Apesar de não existirem evidências de que os adjuvantes contribuam para diminuir a segurança da vacina, há uma recomendação explícita de que as gestantes não utilizem vacina com essa substância. Para isto, as gestantes devem agendar a vacinação sem adjuvantes pelo telefone 2562- 2734, ou através do endereço eletrônico fiszman@hucff.ufrj.br
A aplicação da vacina com adjuvantes está sendo feita das 7h às 13h no Serviço de Segurança e Saúde do Trabalhador (SESSAT), localizado no 10º andar do HUCFF/RJ (Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco, 255, Cidade Universitária).
Foto: Marco Fernandes |
Neide Aparecida toma posse como nova diretora da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN). |
A Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) realizou, nesta terça-feira (16), a cerimônia de posse das representantes de sua nova direção, as professoras Neide Aparecida Titonelli Alvim, como diretora, e Silvia Tereza Carvalho de Araújo, como vice-diretora. A solenidade contou com a participação de Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes, decana do CCS, com o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, professor Carlos Antônio Levi da Conceição, que representou o Reitor Aloisio Teixeira, e o Prefeito da Cidade Universitária Hélio de Mattos. Também estiveram presentes a diretora e a vice-diretora da gestão anterior, Maria Antonieta Rubio Tyrrell e Regina Célia Gollner Zeitoune.
Logo após a execução do Hino Nacional, foi acesa pela nova diretora a lâmpada a óleo, ritual realizado entre profissionais da enfermagem. Assim iniciou-se a cerimônia de posse. A diretora dos quadriênios 2002-2006 e 2006-2010, professora Maria Antonieta, fez um discurso que lembrou a importância da EEAN dentro da história da enfermagem no Brasil. Dentro dos 86 anos da EEAN, que foi a primeira escola de enfermagem do Brasil, a maior luta foi a profissionalização e a afirmação desta área da saúde. Este movimento culminou em convênios da Escola de Enfermagem Anna Nery com instituições nacionais e internacionais, em especial na América Latina.
A decana Maria Fernanda também ressaltou a importância que a EEAN possui dentro e fora do Brasil, destacando o trabalho da gestão de Maria Antonieta. Colocou o CCS à disposição das necessidades da Escola de Enfermagem e desejou uma excelente gestão, que continuasse na linha de projeção da EEAN e da área de saúde e educação da UFRJ. Por sua vez, a vice-diretora Silvia Tereza fez breve discurso de agradecimento ao corpo social da EEAN, à sua família e à professora Neide Aparecida, sua parceira na chapa “União e Força”, que ganhou a eleição.
Em seu discurso, a nova diretora, emocionada, também recordou a história da EEAN, se dizendo orgulhosa de representar “uma instituição de tamanha envergadura nos campos científico e social”. Para o futuro, garante a continuação do projeto de interiorização da UFRJ, com a unidade de enfermagem em Macaé, e do investimento em pesquisa. “Não obstante, tenho a consciência de que assumir esse desafio requer a condição de agregar qualidades intelectuais e humanas, dentre outras competências, tais como juízo critico, dedicação, criatividade, empreendedorismo e atitude ética. Essas qualidades espero conservar nestes quatro anos de gestão com a ajuda de Deus, do corpo social desta casa e dos dirigentes e parceiros dentro e fora da UFRJ”, discursou a professora.
Ao final da cerimônia, docentes, discentes e técnicos administrativos da EEAN homenagearam com flores as gestões anteriores e a que teve início neste ano.
Foto: Agência UFRJ de Notícias |
Palestra por videoconferência com o doutor Gustavo Henrique Trindade da Silva sobre fiscalização e melhoria das farmácias. |
O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/RJ) realizou, nessa terça-feira (16/03), palestra por videoconferência a respeito da importância das farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde e os cuidados que serão tomados para sua regulamentação, após as regras determinadas pela Anvisa na Resolução RDC 44/09.
Para falar sobre o assunto foi convidado o doutor. Gustavo Henrique Trindade da Silva, chefe da Unidade Técnica de Regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (UNTEC/Anvisa), que traçou uma linha do tempo, apontando a evolução e as mudanças ocorridas ao longo dos séculos nos estabelecimentos de saúde.
“No século XV havia as boticas, estabelecimentos não regulamentados que tratavam basicamente da manipulação de produtos para a elaboração das drogas”, relembra o palestrante. Com o decorrer dos anos, porém, a farmácia foi se desenvolvendo de forma a se separar da medicina, ganhando laboratórios e importância industrial. Até a chegada do século XX, quando surgem a forte indústria farmacêutica e as drogarias, que trabalham com produtos já prontos para o uso e oferecem fácil acesso à população.
A seguir, Trindade traça outra linha do tempo, desta vez, mostrando a evolução da preocupação sanitária e do controle de medicamentos no Brasil. Segundo o representante da Anvisa, as reformas sanitárias no país começaram em 1808, com a chegada da família real ao Rio de Janeiro. Além disso, o século XX trouxe inúmeras conquistas para a área da vigilância sanitária, como a criação do Ministério da Saúde em 1953, a criação da legislação farmacêutica na década de 70, a Carta de 1988, que constitucionalizou diversas melhoras para o sistema de saúde, e, por fim, em 1999, a criação da Anvisa.
A Resolução
Gustavo Trindade explicou que o ponto mais importante da sua palestra é a questão da regulamentação dos estabelecimentos farmacêuticos. Segundo ele, as regras trazidas pela RDC 44 buscam evitar alguns problemas das drogarias.
“Um dos problemas das farmácias e drogarias é a grande variedade de produtos que lá são vendidos. Muitas vezes são encontrados biscoitos, doces, refrigerantes, materiais de papelaria e até chinelos, descaracterizando esses estabelecimentos de saúde”, afirma Gustavo Henrique.
Além das ações da Resolução 44, que busca as boas práticas farmacêuticas, Trindade diz que outras ações de proteção ao consumidor serão tomadas, principalmente, para evitar problemas graves como medicamentos falsos, receitas médicas equivocadas e automedicação. Entre elas, cuidado com as bulas dos remédios, monitoramento das propagandas de fármacos e a criação de farmácias notificadoras, que auxiliarão na fiscalização dos medicamentos.
Foto: Marco Fernandes |
Programa de Pós-Graduação atrai professores de diversas instituições |
Um novo programa de pós-graduação em bioética em conjunto com as universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Fluminense (UFF), Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), abriu suas atividades nesta quinta-feira (18/03) no auditório do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iecs) da UFRJ. O evento contou com a presença de Aloisio Teixeira, reitor da UFRJ, Ricardo Vieira Castro, reitor da Uerj, Paulo Henrique Gadelha Vieira, presidente da Fiocruz, e Marisa Palácios, coordenadora de pós-graduação do Iesc, além de professores e alunos que lotaram o local.
No início do discurso, a professora Marisa Palácios elogiou o projeto e afirmou que se trata de um grande desafio. “Foi necessário colocar o assunto da bioética em evidência nas quatro unidades de ensino superior que a pós-graduação abrange.”
A importância da bioética na saúde coletiva foi ressaltada pela coordenadora de pós-graduação: “A disciplina visa propor soluções para problemas e resolver conflitos individuais e coletivos ligados à área da saúde e da integridade. Explorando conceitos e teorias, a bioética busca o diálogo para proporcionar a melhoria plena da saúde coletiva no país”, argumentou.