O Projeto Capim-Limão está de volta às atividades após incêndio ocorrido em agosto. Alunos e professores do projeto participaram de uma solenidade, no último dia 3, para reinício dos trabalhos e revitalização da área. Coordenadores e participantes apresentaram proposta para recuperação da área através de “adubação verde” (escolha de espécies que produzem massa e nutrem o solo) e implantação gradativa de um sistema agro-florestal.
Com a presença de autoridades do corpo funcional da UFRJ, como Maria Fernanda Santos, decana do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ, Antonio Mateo, diretor do Instituto de Biologia (IB), Hélio de Matos Alves, prefeito da UFRJ, entre outros, o projeto recebeu formalmente apoio institucional.
Para reconhecimento definitivo da área como espaço de estudo do projeto, a Prefeitura Universitária disponibilizou uma placa informativa no início da ocupação. Além disso, jardineiros do Horto da prefeitura participaram do mutirão para auxílio no processo de capinagem. Segundo Mattos Alves, há possibilidade de troca de conhecimentos entre o Horto e o projeto. “A Prefeitura está aberta ao projeto. Os jardineiros voltarão hoje ao Horto com ensinamentos sobre Agroecologia. Dessa forma, vocês podem interagir e trocar experiências”, disse.
Além da capinagem, os voluntários iniciaram o trabalho de colheita das sementes que resistiram ao incêndio e de tratamento do solo. Segundo os integrantes do Projeto, será feito um trabalho de fortalecimento da terra, com melhorias da organização e no planejamento do plantio e do espaço.
A decana do CCS revelou que acompanha o projeto desde o início e considera o espaço importante para construir eventos coletivos não só políticos como institucionais e acadêmicos. “A resposta foi dada de forma muito mais interessante, através da união e do fortalecimento”, afirmou. “Estou à disposição para auxiliá-los naquilo que precisarem, para que se possa efetivamente ter esse espaço de experiência e atividade”, acrescentou.
Antonio Mateo se disse lisonjeado por dirigir o grupo de Biologia. “Tenho muito orgulho desses alunos, que se envolvem e fazem atividades de extensão de qualidade. Estou totalmente envolvido em apoiá-los no que precisarem”, disse.
Cássia Mônica, professora do Departamento de Botânica do IB-UFRJ, comparou as plantas típicas do Cerrado, que rebrotam e florescem após o fogo, pois são mais resistentes, com a atitude do grupo. “Eu tenho certeza que vocês vão rebrotar, vão florescer como as plantas do cerrado e vão fazer florescer também essa área”, concluiu.