• Edição 202
  • 17 de dezembro de 2009

Cidade Universitária

Cedae tenta cortar água na Cidade Universitária

Aline Durões - Olhar Virtual

Na manhã da última terça-feira, dia 15, os moradores da Vila Residencial da UFRJ foram surpreendidos por uma equipe da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae). Acompanhada de policiais armados do 17º do Batalhão de Polícia Militar da Ilha do Governador, a equipe esteve na UFRJ para efetuar o corte de água do local.

Essa foi a quarta tentativa de corte de água empreendida na Vila Residencial. Por não ter qualquer mandado judicial, os moradores não autorizaram a Cedae a realizar a operação. “A água que nos alimenta vem da universidade. Já solicitamos à empresa que ela cadastre as casas para começar a cobrança das taxas básicas do serviço de água. Já pedimos também a troca das tubulações e a normalização das contas, mas, até o momento, nada foi feito”, enfatiza Vera Valente, conselheira da Associação de Moradores da Vila Residencial (AMAVILA).

A Assessoria de Imprensa da Cedae informou que, em caso de dívida, é direito da empresa realizar o corte de fornecimento de água. O órgão afirmou ainda estar aberto a negociações com a Vila.

Hélio de Mattos, prefeito da Cidade Universitária, solicitou à Cedae que sejam iniciadas negociações com os moradores e sugeriu que seja descartada qualquer iniciativa de corte enquanto as negociações não forem concluídas.

A Prefeitura da Cidade Universitária liberou uma nota, nesta quinta-feira (17/12) afirmando surpresa pelo fato ocorrido. De acordo com o prefeito Hélio de Mattos Alves, a UFRJ em nenhum momento fez pressões para que a Cedae promovesse o corte de fornecimento de água na Vila Residencial. Veja a nota na íntegra:

A

Diretoria da Associação dos Moradores da Vila Residencial (AMAVILA)

Fui comunicado enquanto estava no Conselho Superior de Coordenação Executiva (CSCE) que um efetivo do 17 BPM da Ilha do Governador estava junto com uma viatura da CEDAE na Vila Residencial para efetivar o corte água dos moradores.

Imediatamente comuniquei a Profa. Sylvia Vargas que estava dirigindo o conselho que me pediu que entrasse em contato com vocês o que consegui mais tarde quando conversei com o Marcelo Cantizano (diretor da entidade) que me esclareceu alguns acontecimentos de hoje que foram extremamente lamentáveis

1- A Reitoria da UFRJ não recebeu da empresa nenhum comunicado sobre essa operação. Lamento inclusive que essa operação tenha sido feita com policiais da PMERJ fortemente armados com fuzis de confronto militar, segundo informações dos moradores.

2- Pela segunda vez informo que não existe nenhuma pressão da Reitoria da UFRJ junto a CEDAE para que efetue cortes no fornecimento de água para os moradores. Mais uma vez, não procede essa informações dos funcionários da empresa que estavam no comando dessa operação.

3- Essa mensagem esta indo com uma cópia ao Diretor Presidente da CEDAE Engenheiro Wagner Granja Victer, conclamando a empresa a abrir negociações imediatas com os moradores e sustando qualquer iniciativa de corte enquanto as negociações não forem concluídas.

Prof. Hélio de Mattos Alves, Prefeito da UFRJ