Paris-(AFP)
Comer chocolate pelo menos duas vezes por semana reduz em um terço o risco de mortalidade cardiovascular quando a pessoa já sofreu um ataque cardíaco, isso em comparação com as pessoas que jamais se deixaram seduzir por esse doce, segundo um estudo sueco publicado no Journal of Internal Medicine.
"O consumo de chocolate está muito associado com uma redução da mortalidade cardíaca em pessoas - não diabéticas - que tenham sobrevivido a um infarto", enfatiza o estudo.
E esta correlação benéfica depende da dose, ou seja, aumenta com a quantidade ingerida, com o estudo sugerindo que mais vale um pouco de chocolate do que nada.
Devido a sua porcentagem de gordura e de açúcar (variável em função de sua composição), o chocolate deve ser proibido aos diabéticos.
Por isso o dr. Imre Janszky e seus colegas do Instituto Karolinska de Estocolmo, autores do estudo, se centraram nos suecos que não padecem desta enfermidade, estudando 1.169 homens e mulheres não diabéticos entre 45 e 70 anos e que sofrerem um infarto no início dos anos 1990.
Todos foram submetidos a um acompanhamento de oito anos depois de sua hospitalização.
Antes de receber alta no hospital, foram interrogados sobre a frequência de seu consumo de chocolate preto ao leite (cotidiano, semanal e mensal) e sobre a quantidade consumida durante os últimos doze meses.
Foram levados em consideração outros critérios, como o consumo de álcool e de tabaco, além de obesidade, para que os resultados não fossem comprometidos.
As virtudes do cacau e, por extensão, do chocolate preto, já eram conhecidas por seus efeitos sobre a tensão arterial e a fluidez sanguínea.
Os antioxidantes (flavonoides), abundantes no chocolate preto, podem ser os responsáveis por isso, por isso convém verificar a porcentagem de cacau antes de comprar a barra, já que algumas contêm apenas 10 a 15%.
Outros estudos demonstram que o chocolate pode reduzir a mortalidade dos homens de idade avançada e com boa saúde, e das mulheres depois da menopausa.
Ainda que reconhecendo seus méritos, os médicos alertam que o uso abusivo da guloseima pode provocar problemas de excesso de peso.
"Incentivo, no entanto, aqueles que buscam uma saúde melhor que pensem no chocolate em quantidades pequenas", sugere o dr. Kenneth Mukamal, co-autor do estudo.
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