“Treinamentos de força promovem alterações na arquitetura muscular que podem ser monitoradas através da ultrassonografia por imagem (US)”, declara Thiago Torres da Matta, especialista em Biomecânica, formado em Licenciatura Plena em Educação Física, pela Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ.
A partir dessa afirmação, Thiago Matta, que faz parte da primeira turma do Programa de Pós-graduação em Educação Física (iniciado em 2009), defende sua dissertação de mestrado, em 28 de fevereiro, intitulada “Efeitos Crônicos do Treinamento de Força na Arquitetura Muscular dos Flexores e Extensores do Cotovelo”.
O objetivo do estudo, segundo Thiago, foi comparar a espessura muscular (EM) e o ângulo de penação (AP) – ângulo entre a orientação dos feixes musculares e o tendão - em músculos com arranjos de fibras musculares diferentes (bíceps e tríceps braquial), em três diferentes comprimentos do braço (L), após treinamento de força. Para isso, quatro exercícios para membros superiores foram aplicados durante 12 semanas de treinamento em quarenta homens destreinados.
Após as 12 semanas de treinamento, orientado pela professora Líliam Fernandes Oliveira, Thiago verificou que o torque (força sobre uma alavanca que se movimenta em torno de um eixo) aumentou significativamente para ambos os grupamentos musculares. Entre outros pontos, de acordo com Thiago, os resultados obtidos indicaram que o treinamento foi eficiente para gerar hipertrofia em ambos os músculos, porém com respostas diferentes de acordo com o arranjo das fibras musculares.
Thiago Matta faz parte do laboratório de Biomecânica Muscular (LABMUSC), da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ desde 2004, orientado da professora Líliam Fernandes de Oliveira, e defende sua tese de mestrado, em 28 de fevereiro, às 13h, na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ.