O alto índice de aproveitamento dos policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) virou objeto de estudo de cientistas do Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora da UFRJ. Com apoio do Instituto de Neurociências Aplicadas (INA) e da Fundação de Amparo à Pesquisa (Faperj), os pesquisadores acompanharam os cursos de formação do Bope e desenvolveram instrumentos para auxiliar o treinamento do batalhão. Durante dois anos, de 2007 a 2009, realizaram uma série de testes a fim de avaliar de que forma a neurociência pode contribuir com a formação dos PMs e com a prevenção de erros cometidos no desempenho de suas funções.
“Recentemente, vários tipos de deslizes cometidos por policiais vieram à tona. O aspecto que estudamos é o da tomada de decisão, isto é, todo o processo de identificação que envolve a integração da informação do meio com a experiência prévia do indivíduo. A partir desse processo, uma resposta é escolhida e executada, que pode ser adequada ou não”, explica a psicóloga Bruna Velasques, doutoranda do Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora da UFRJ...