• Edição 208
  • 11 de março de 2010

Saúde em Foco

Em cinco anos, HIV não será mais transmitido de grávida para bebê



O DIA - RJ | SAÚDE

Explicação é o maior acesso a remédios que impedem multiplicação do vírus

Até 2015 será possível erradicar a transmissão vertical, como é chamado o contágio de mãe para bebê do vírus HIV. A estimativa é do Fundo Mundial para a Luta contra a AIDS, a Malária e a Tuberculose. Segundo o Fundo, a projeção é consequência do aumento dos programas financiados por órgãos internacionais em países subdesenvolvidos, especialmente no continente africano.

No último ano, o orçamento da África do Sul destinado ao tratamento da AIDS cresceu 33% e, entre 2007 e 2008, o número de pessoas que recebem os antirretrovirais aumentou 53%, de acordo com a Unaids, a agência da Organização das Nações Unidas para o combate à AIDS. Segundo a Unaids, há 370 mil crianças no mundo com HIV, sendo que a maioria delas foi infectada por transmissão vertical.No entanto, esse número tem diminuído desde 2001.

No Brasil, a política de profilaxia da transmissão vertical, que inclui dar antirretrovirais para gestante e bebê, foi implantadaem1996.

Como tratamento, o risco de contaminação, que era de 25%, hoje é de 1% ou menos.

Segundo a Unaids, hoje 45% das mulheres grávidas HIV positivas de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento recebem os antirretrovirais.

Ao todo, 2,5 milhões dos 4 milhões de pessoas infectadas com HIV fazem tratamento com esses medicamentos.

Em fevereiro, cientistas reunidos no Congresso anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência em San Diego, Califórnia (EUA), anunciaram um grande avanço em direção à cura da AIDS.

Erradicação da AIDS

Eles afirmaram que o uso em massa de antirretrovirais que compõem o coquetel contra a AIDS pode erradicar a doença em 40 anos. Segundo os pesquisadores, testar todas as pessoas com risco de infecção e dar medicação para todos os casos de HIV são ações que interromperiam 95% da transmissão do vírus em 5 anos. Segundo eles, os antirretrovirais permitem reduzir a concentração do vírus no sangue em 10 mil vezes. Isso diminiu 20 vezes o risco de transmissão.

Desde 1996, quando começou oferta do remédio, risco de contágio baixou de 25% para 1%.

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