Foto: Agência UFRJ de Notícias |
Mesa de Abertura |
Em uma cerimônia marcada pelo discurso emocionado da ex-diretora Débora Foguel e pela presença maciça de representantes e funcionários de diversas unidades da universidade, Mario Alberto Cardoso da Silva Neto e José Roberto Meyer, atuais diretor e vice-diretor do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, respectivamente, tomaram posse, na última terça-feira (22/03), no auditório Leopoldo de Meis (CCS- UFRJ).
Na mesa de honra, Aloisio Teixeira, reitor da UFRJ; Roberto Leal, representando a Decana do Centro de Ciências e Saúde (CCS), Maria Fernanda Quintela; a ex-diretora do Instituto, Débora Foguel; e a diretoria a ser empossada. Na plateia, diretores e coordenadores de diversas unidades da UFRJ, além do prefeito da Cidade Universitária, Hélio de Matos, e do professor dr. Leopoldo de Meis.
Após a execução do hino nacional e da abertura oficial da cerimônia pelo reitor, a ex-diretora, Débora Foguel fez seu discurso de despedida. Muito emocionada, a primeira diretora mulher do IBQM confessou estar triste e meio à deriva, sem rumo, neste primeiro mês afastada. Antes dos agradecimentos e da prestação de contas fez questão de contar a história de Minerva, símbolo da universidade, como forma de exaltar qualidades indispensáveis, a seu ver, à gestão da universidade: sabedoria e espírito de luta.
Diretora do IBQM por dois mandatos seguidos, desde 2007, Débora Foguel declarou que o tão esperado sentimento de alívio, por dispor de mais tempo e não ter tantos encargos, não chegou. Satisfeita e agradecida pelos anos em que pôde estar à frente do Instituto, citou apenas três feitos de sua diretoria, o ciclo mensal de seminários Sr. Dino, os cursos em Xerém e o Projeto Fronteiras, e agradeceu aos que lhe apoiaram: família, amigos e funcionários.
O novo diretor
Mario Alberto Cardoso da Silva Neto, vice-diretor da gestão anterior, afirmou dar prosseguimento aos projetos já existentes, fortalecer os campos de Macaé e Xerém e focar na parceria entre extensão universitária e pesquisa científica. “Ainda estamos distantes da questão social”, declarou o diretor empossado.
As universidades públicas, além de contribuir para a formação de profissionais de alta qualidade para o mercado, também têm a missão, por ser pública, de retribuir à sociedade. Essa retribuição é feita pela chamada extensão. Segundo o reitor Aloisio Teixeira, a extensão da UFRJ se encontrava em situação precária e melhorou muito nos últimos oito anos.
Fruto de uma parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Programa Saúde nas Escolas, o Núcleo de Tecnologia Educacional para Saúde (Nutes/UFRJ) promoveu, nos dias 23 e 24 de março, o seminário Educação em Saúde nas Escolas, que contou com participação de diversos professores de todo Brasil, tratando de diversos ângulos a questão do ensino e da saúde no país.
A mesa de abertura foi composta pelos professores Aloisio Teixeira, reitor da UFRJ, Alexandre Brasil, diretor do Nutes, Diana Maul, coordenadora de extensão do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ), Helena Bomeny, subsecretária de ensino da Secretaria Municipal de Educação (SME/RJ) e por Daniel Soranz, subsecretário de Promoção, Atenção e Vigilância em Saúde. Os participantes destacaram a importância do evento para a sociedade e também a importância da parceria entre universidade e governo.
A seguir, teve início a palestra do professor Carlos Rodrigues Brandão, antropólogo que estuda os problemas do cotidiano, da Universidade de Campinas (Unicamp). O convidado falou sobre os dilemas da educação no Brasil, da cultura e de sua influência na saúde. Citou Paulo Freire, inclusive com experiências próprias, e outros grandes teóricos da educação para ilustrar seu discurso. Falou também sobre liberdade e sanidade nas escolas, e da necessidade de maior colaboração entre todos os setores da sociedade em prol de uma causa comum.
A segunda etapa do seminário contou com as palestras dos professores Adriana Mohr, do Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de São Carlos (CCE/UFSC), Vera Helena Siqueira (Nutes/UFRJ), Marta Klumb Oliveira Rabelo, do Programa Saúde nas Escolas do Ministério da Educação (PSE/MEC) e do professor Carlos Silva, da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). As abordagens foram sobre os conceitos e práticas da educação em saúde, inclusive as aplicadas no PSE, focaram também o intercâmbio entre os diferentes setores governamentais, acadêmicos, educacionais e sociais necessário para o sucesso do Programa Saúde na Escola.
O evento serviu para promover uma visão ampla e apurada da saúde nas escolas, além de tratar de temas importantes, que influenciam não só os profissionais de saúde e educação, mas a sociedade como um todo, já que a chave do sucesso para um avanço na área é a união de todos os setores da sociedade visando à melhora da educação e da saúde em geral para o povo, começando pela escola.