Priscila Pinto Afonso, aluna do Programa de Pós-graduação em Biofísica do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ, defende a dissertação de mestrado “Estudo da interação vírus-célula durante a infecção pelo vírus Cotia”. A defesa ocorre na sexta-feira, 12 de março, às 9h30, na sala G1-022, localizada no bloco G, 1º andar, do Centro de Ciências da Saúde, na Cidade Universitária.
De acordo com Priscila, o vírus Cotia SPAn232 (COTV) é um poxvírus – família de vírus que infecta animais vertebrados e invertebrados – que foi isolado em 1961, a partir de camundongos sentinelas no município de Cotia-SP. “Recentemente, nosso grupo sugeriu a classificação do COTV em um novo gênero dentro dos poxvírus. Dessa forma, nosso trabalho teve por interesse analisar novos aspectos das interações entre o vírus Cotia e a célula hospedeira”, afirma.
Sob orientação da professora do IBBCF Clarissa Rosa de Almeida Damaso, o estudo observou a crescente produção de partículas até 32 horas pós-infecção, assim como a síntese de proteínas e replicação do DNA viral em células BSC-40 infectadas com o vírus Cotia. A mestranda concluiu que o vírus Cotia não foi capaz de induzir a migração de células infectadas, diferente do vírus vaccinia – protótipo da família poxvírus.
E ao analisar o rearranjo da rede de citoesqueleto durante a infecção, se observou que, apesar de o vírus Cotia, com 16 horas pós-infecção, não induzir alterações na morfologia celular, conhecidas como efeito citopático (CPE), neste tempo, já ocorre uma desorganização dos microtúbulos.